PENSAMENTOS SOLTOS 74

 

“A Alma comanda o seu veículo, o corpo físico, através do Sutratma (o cordão prateado da Bíblia), o duplo fio da vida e da consciência. A primeira parte deste fio duplo – o fio da vida – se ancora no coração (no nó sinusal). A segunda parte – o fio da consciência – se ancora no cérebro, exatamente na glândula pineal. A retirada do fio da vida inevitavelmente ocasiona a morte do corpo físico. Já a retirada do fio da consciência momentaneamente (durante a noite ou através do processo de meditação) não ocasiona a morte do corpo físico; a sua retirada definitiva (devido a um acidente traumático ou uma doença cerebral degenerativa), mesmo não levando à morte, leva a uma idiotia mais severa ou mais branda. Corpos físicos mais desenvolvidos, construídos por Almas mais maduras e experientes (com um número maior de encarnações), podem manter certa coerência e enganar a muitos, mesmo sem o controle consciente do seu divino morador (ficando este controle apenas com o experiente Elemental físico), que continua mantendo o corpo vivo, através do fio da vida. A idiotia de nascença (quando não ocasionada por acidentes ou infelizes problemas no parto) é ocasionada por problemas na conexão do fio da consciência, geralmente por causas cármicas (muitos gênios do mal, que usaram mal o dom de uma mente privilegiada em uma certa vida, têm este destino em futuras encarnações).”

“Sejamos todos nós, que amamos o Cristo e procuramos seguir o Seu exemplo, arautos do bem, mensageiros da esperança e não divulgadores de mentiras, propaladores de desgraças, arautos do mal. Já não basta à dor, muitas vezes inevitável, o seu momento, para nos deixarmos tornar caixa de repercussão do mal, aumentando assim a dor do mundo!”

“Todos nós somos chispas do Sol, enviadas para iluminar os mais profundos abismos. Sucesso é o destino inevitável de todos estes raios do Sol, mesmo que alguns deles se atrasem no cumprimento da missão. O tempo é uma ilusão da mente durante um piscar de olhos da Eternidade.”

“As pessoas precisam se conscientizar de que a Alma humana cresce e evolui aproveitando as oportunidades que os momentos na vida proporcionam. Todo momento em que o bem possa ser feito e o amor possa praticado é uma oportunidade para Alma. Muitos pequenos atos de atenção, consideração ou afeto, praticados no cotidiano ou em avulsas oportunidades, podem  valer, no seu conjunto, tanto quanto um ato heroico isolado. Jamais deve-se perder a oportunidade de aquecer um momento, seja com a pequena chama de um amor compassivo ou com o grande fogo de um amor universal . Nenhuma molécula de amor é desperdiçada pelo Universo... Nosso frio planetinha agradece.”

“Uma das principais verdades, de que o homem espiritual da Nova Era deve se conscientizar e assumir com responsabilidade, como um serviço a toda Humanidade, é de que ele ajuda a construir o mundo, não só com as suas ações no plano físico, mas também com ações no plano astral-emocional e, principalmente, com suas ações no plano mental. É o que o homem deseja no plano astral e, principalmente, o que ele pensa no plano mental, que forma uma egrégora (uma bolha de energia astral e mental), que será responsável por tudo aquilo que, no futuro, se concretizará no plano físico. Tanto a ação física, quanto as ações astral e mental têm as suas responsabilidades e são regidas pela Lei do Carma. “É preciso primeiro pensar corretamente, depois desejar corretamente, para que a ação seja boa e correta” – O Bhuda.”

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

O EGO

Acabei de ler o livro do premiadíssimo autor e jornalista Michael Pollan “Como Mudar a Sua Mente”, o qual me motivou a escrever este artigo. A parte científica do livro, obtida através de entrevistas com vários cientistas da área, é um pouco abstrusa, mas vale a pena o esforço para compreender este importante tema. Eis aqui uma síntese (bastante inadequada devido ao limitado espaço e a limitada capacidade do autor) e alguns comentários filosófico-espirituais, que espero que possam motivar o leitor a estudos mais profundos. Este é sempre o motivo principal dos artigos e pensamentos que escrevo: despertar as pessoas para o espiritual, para dar maior sentido à vida.

O livro nos conta um pouco da saga dos cientistas, pioneiros e atuais, que fizeram e que continuam fazendo experiências com a Psilocibina, o LSD e alguns outros psicodélicos, no tratamento de distúrbios psicológicos, como a depressão, vários tipos de vícios e também para o alívio emocional de doentes terminais de câncer. Estudos sérios, começados nas décadas de 50, 60 e princípios de 70 do século passado, tiveram que ser interrompidos, por leis criadas para combater o uso de drogas, que se tornaram ilegais, devido ao abuso de uma geração, ainda fascinada pela conquista de uma liberdade antes tão reprimida. Somente em meados da década de 90 do mesmo século novos estudos foram iniciados, agora com maiores possibilidades de sucesso, devido às novas tecnologias do novo milênio.

Sintetizando o que consegui compreender do livro: Devido às novas experiências e descobertas da ciência atual, pode-se dizer que ela conseguiu definir bem o que é o ego e provar que alguma coisa (Consciência, Alma?) continua a existir após a sua dissolução. Coloridas imagens computadorizadas mostram várias áreas do cérebro, cada uma responsável por algum setor e diversas funções. As imagens mostram também que existe uma área central, que é responsável por todas as outras, coordenando os milhares de informações, internas e externas, que chegam ao cérebro a todo instante. Sem esta área central – o ego – nosso cérebro seria um verdadeiro caos, perdido entre milhões de informações desencontradas.

Acontece que algumas drogas psicodélicas, assim como a meditação (a verdadeira meditação, conseguida por poucos) e alguns arroubos místicos inexplicáveis, conseguem “dissolver”, por certo tempo, este comando central. Assim que esse ego dissolve (explode em milhões de pedacinhos, segundo a experiência de alguns), alguma coisa (Consciência, Alma?) passa a experimentar um mundo completamente novo, inexplicável. Um mundo de amor, beleza e paz incapaz de ser expresso em palavras... Quando não leva a uma “bad trip” (má viagem). A “bad trip” é sempre uma possibilidade no uso de drogas, embora ela seja bastante diminuída, quando a experiência é guiada por especialistas, em consultórios e ambientes propícios (e, na minha opinião, quando feita com elevadas intenções).

De acordo com os ensinamentos dos Mestres, a Hierarquia é contra o uso de drogas alucinógenas para alterar estados de consciência. Eu, pessoalmente, acho que Ela é contra o mau uso de qualquer tipo de droga e que, nos casos específicos destas novas experiências, que estão sendo feitas por capacitados homens de bem, para o alivio da dor humana, Ela as aprovaria. Afinal, existe alguma coisa mais importante do que o amor? Quem poderia distinguir com certeza o que é uma alucinação ou uma realidade, vivida por uma consciência livre das limitações do ego? Quem, com certeza, poderia afirmar que nada existe após a aniquilação do ego? Quem poderia afirmar com certeza o que é uma ilusão e não uma experiência real vivida pela Consciência, que permanece, após a dissolução do ego?

Eu não acho que, após estas experiências de aniquilação temporária do ego, algo persista: eu confirmo categoricamente esta possibilidade; não por ouvir falar, mas pela vivencia deste sagrado momento. Todo aquele que ler um artigo meu de poucos anos atrás (Sobre Milagres IV – Um Êxtase), verá relatado o meu testemunho (muito parecido com o de vários pacientes entrevistados no livro de Pollan), de que logo após a perda do meu sentido de eu, Eu (algo além do ego) me tornei um oceano de amor sem margens, um Todo, Onisciente, identificado com tudo, melhor... sendo tudo! Mergulhado em uma “Luz”, uma “Alegria” e uma “Paz” indescritíveis. Eu não acho que êxtases são prerrogativas de homens santos e perfeitos. Acho que Deus não faz distinção entre os Seus filhos e os ama com igual amor, pois sabe da fragilidade humana e que todo mal é passageiro! Um verdadeiro amor inegoísta aliado a uma sinceridade de propósitos e uma busca persistente, alicerçado sobre um direito cármico (quase sempre oriundo de passadas encarnações): eis o que acho ser necessário para uma inefável experiência espiritual, que há de afastar para sempre o medo da morte (o que aconteceu há vários pacientes terminais, assim como aconteceu comigo).

Meu irmão, se almejas viver como Alma, livre-se da vaidade, o superalimento do ego.

E, lembre-se sempre! A Alma é o Rei que nunca adentra a casa do Seu servo – o ego – sem ser convidado. 

Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.

GRATIDÃO

 

Nesta semana eu completo um total de quatrocentos artigos e quase seiscentos pensamentos soltos, escritos nos últimos três ou quatro anos. Tudo isto foi devido a um contato cada vez mais estreito e profundo com a minha Alma, sem cuja inspiração nada disto seria possível. Venho neste artigo expressar a minha mais profunda gratidão ao meu Eu Superior, que em momentos de silêncio, principalmente em minhas caminhadas matinais, fecundou-me a mente com o belo e o espiritual. Enquanto a luz do sol começava a acender o mundo, colorindo-o com os mais belos matizes, minha amada Alma, acendia a minha mente com belos pensamentos e belas ideias, as quais sempre procurei transformar em ideais.

Todos escritos que há no mundo são inspirados por uma das quatro fontes – três internas e uma externa. As fontes internas são: a própria mente (na grande maioria dos casos), a própria Alma (a Qual, devido às energias da Nova Era de Aquário, aumenta cada vez mais a sua capacidade de intuir o ego) e a própria Mônada (em raríssimos episódios, pois somente após a 3ª iniciação uma Mônada consegue atuar diretamente no plano físico). A fonte externa é, obviamente, a mente, a Alma ou a Mônada (todo ensinamento monádico é oriundo de Iniciados da 3ª ou de Iniciações ainda mais elevadas, como, por exemplo, os Mestres da Hierarquia) de outro irmão do reino Humano ou do reino Espiritual.

Sei que este assunto sobre o Homem Trino – Ego, Alma e Mônada (Espírito) – é ainda um pouco difícil de ser absorvido pela maioria, mas é exatamente este um dos principais ensinamentos da Nova Era. Nunca houve no mundo tantos ensinamentos espirituais, trazidos por membros da Hierarquia, discípulos – nos seus mais diversos graus – além de milhões de homens possuidores de um contato, maior ou menor, com a sua própria Alma. Jamais esqueçamos que toda Alma faz parte do Reino Espiritual, mesmo que, devido às limitações cármicas e pouca experiência (devido à quantidade menor de encarnações), tenha pouco domínio do seu veículo material – o ego.

Já escrevi vários artigos sobre a Alma, procurando esclarecer este assunto ainda um pouco difícil para a maioria. Antes de mais nada é preciso que todos aqueles que se interessem por este tema aprofundem um pouco a sua compreensão sobre dimensões. Existem várias outras dimensões além das quatro bem conhecidas por todos: as três dimensões espaciais e o tempo. São várias as experiências da física moderna provando a existência de outras dimensões. A Teoria das Cordas (a mais aceita ultimamente) propõe a existência de onze dimensões. A Alma se encontra em uma dimensão superior (uma dimensão espiritual) e comanda o seu veículo – o ego – através do corpo etérico (ver artigo – O corpo etérico). De uma dimensão ainda mais elevada a Mônada comanda a Alma através do corpo causal (o corpo da Alma, ver artigo: O Corpo Causal), onde se encontra a “Joia do Lotus” dos ensinamentos orientais – a Chispa Divina em cada um.

Ah, minha Alma amada, o que seria deste Teu servo, não fosse o Teu infinito amor e paciência? Não tivesses Tu me “puxado pelos cabelos” e colocado no reto caminho, seria eu apenas mais um filho pródigo perdido entre os descaminhos deste mundo ainda tão difícil, frio e escuro. Tu, Alma querida, és Prometeu acorrentado à rocha dura e fria chamada eu humano, até que o Teu imenso amor e sacrifício transmute esta rocha em um Eu espiritual, capaz de se unir novamente ao Eu Maior, quando, então, finalmente o filho pródigo retorna à Casa do Pai! Eis aí o sagrado mistério do resgate da matéria tão anunciado por todas as religiões mundiais, porém tão incompreendido por uma Humanidade que, cega pela matéria, caminha trôpega na escuridão, clamando por um pouco mais de luz. Quisera eu que todos os meus irmãos do reino humano, assim como eu, descobrissem e se entregassem à Luz, que não se encontra alhures, nos confins do Universo, mas sim no mais interno de cada um.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.    

PENSAMENTOS SOLTOS 73

“O homem é um deus cego, surdo e aleijado... por enquanto. É neste lapso de tempo na Eternidade que existe o sofrimento... e a esperança.”

“... é meu amigo, mas existe uma grande diferença nas nossas opiniões. É verdade que eu não posso lhe provar a existência de Deus, mas tampouco você pode me provar a sua inexistência. Mas, eu posso sim, provar a existência da possibilidade e você não pode provar esta impossibilidade. O fato de não haver televisão, aviões e viagens à lua na idade média, não impossibilitou a sua realidade futura, embora ela só existisse na imaginação de um visionário de então. Concordo com você na impossibilidade de um Deus antropomórfico; mas porque a impossibilidade de uma Consciência, um Poder ou uma Entidade (não antropomórfica, é óbvio) infinitamente mais inteligente que o homem, que controla, de uma forma inconcebível pela limitada consciência humana, a evolução de um planeta? E, havendo esta possibilidade, porque não haver uma Consciência ainda maior controlando um Sistema Solar? E, quem sabe, uma maior ainda com o controle de todo o Universo? Aceito bem a opinião do agnóstico que, mantendo a mente aberta, não aceita – assim como eu – antigos ensinamentos para uma humanidade infantil e ignorante de outrora (sei que existe e até já colhi alguns diamantes perdidos entre muitos seixos sem valor nos diversos rios das religiões), que precisava de um “Deus” poderoso e iracundo para controlar os seus instintos bestiais. Mas, tenho muita dificuldade para aceitar a opinião de um ateu, que não acredita em nada além da matéria e que afirma que a mente é uma consequência dela. Isto é exatamente o contrário do que acreditam os esotéricos e afirmam as religiões orientais, muito mais antigas (e mais sábias, na minha opinião) do que as religiões ocidentais. Enfim, se a imaginação é um dos maiores dons da humanidade, porque limitá-la tanto, somente com aquilo que podemos provar com os nossos limitadíssimos cinco sentidos?”

“Pensamentos são sementes e a mente é o solo. Toda semente, boa ou ruim, tem a força intrínseca para germinar. Cabe a cada homem lavrar o seu próprio campo, escolher bem as sementes e arrancar todos os brotos maléficos, assim que eles se insinuam sobre a superfície, antes que eles cresçam e se tornem uma praga, tomando posse de todo o terreno.”

“A mente é um campo aberto onde todas as sementes, boas ou ruins, acham um solo fértil para germinar. É inevitável que os ventos, que passeiam livres sobre todos os campos, tragam más sementes misturadas às boas. Cabe ao homem três atitudes para não servir de solo para o mal: Primeiro, selecionar as boas sementes que lhe chegam de fora; segundo, arrancar o broto ainda jovem da má semente, que passou despercebida, assim que o coração alertar a mente do perigo; terceiro, certificar-se se as sementes que vêm de dentro foram produzidas sob a clara luz de uma mente calma e inofensiva e de um coração compassivo, pleno de amor ao próximo e a si mesmo.”

“Uma antiga verdade agora novamente trazida à luz pela Era de Aquário e com a qual o homem precisa se acostumar, é que a capacidade de realizar “milagres” não é uma prerrogativa de santidade. Tanto o Cristo como muitos outros grandes seres do mal (expoentes da Loja Negra, demônios ou experientes magos da magia negra) são capazes de usar a mente para causar fenômenos no plano físico – a energia segue o pensamento – como nos lembra um axioma ocultista. Lembremos que o plano mental é considerado um plano “material” e que somente os três primeiros subplanos (Mente Abstrata), onde se localiza o corpo causal – o corpo da Alma – é inacessível para o “Mal”. Tanto a Loja Branca, quanto a Loja Negra usam matérias dos quatro últimos subplanos mentais (Mente Concreta) para realizar “milagres” e fenômenos no plano físico.”

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas. 

UM SORRISO SEM DENTE

 

A vida é feita de muitos momentos, mas existem alguns momentos mágicos que, por si só, valem uma encarnação inteira. Ontem, eu vivi um momento mágico que, com toda certeza, será guardado para sempre no mais profundo da minha alma, como um tesouro de inestimável valor. Eis o que aconteceu... 

Ontem, como sempre faço duas ou três vezes por mês, eu fui fazer compras em um supermercado perto da minha casa. Fiz uma compra volumosa e saí pela porta automática em direção ao meu carro, estacionado a algumas dezenas de metros, em um canto do estacionamento. De longe, eu vi três vultos sentados no chão, bem ao lado do meu carro. Ao aproximar-me mais um pouco, distingui nitidamente uma velhinha, perto dos seus quarenta anos (áh, a dureza da vida!), um rapazinho, nos seus seis ou sete anos (na verdade tinha onze, como constatei mais tarde) e uma menininha dos seus quatro ou cinco anos, com um cabelinho tão volumoso e desgrenhado (que eu acho que nunca foi cortado ou penteado), que o seu rostinho quase sumia num mar revolto de fios entrelaçados.

Tentei lembrar-me, nestes dias de império do cartão de crédito, se havia alguma nota esquecida em minha carteira, quando ao chegar a apenas alguns poucos metros desta trupe de “Os Sertões”, já aguardando o inevitável pedido, fui surpreendido pelo mais exótico sorriso que eu já colhi na minha vida (eu jamais desperdiço um sorriso!): Ihhh, doutô! Eu só queria um dia nesta vida, uma vezinha só, entrar neste baita mercadão e enchê o meu carrinho de tudo que eu queria, assim, ingalzinho o senhô; Rá, Rá, Rá!

Que grande surpresa receber, quando já se está preparado para dar! Nenhum pedido foi feito, apenas um real e sincero sorriso sem dentes. Um sorriso longo o suficiente para avivar-me todos os sentidos... um sorriso de alma. Neste momento o tempo parou. Eu fiquei paralisado, não pelo sorriso ligeiramente disforme, devido ao vácuo entre os dentes da frente, mas pela profundidade do olhar, do amor inocente que dele saía e vaporizava um incipiente complexo de culpa.

Depois de certo tempo de um momento congelado, acordei e disse: Pois é assim? Então a senhora venha comigo, pois o seu desejo vai ser realizado! Gritou a minha alma, antes que o ego pudesse dar qualquer palpite.

Eu não me lembro da duração do tempo maravilhoso que passamos dentro do supermercado, flutuando entre longos corredores, como em um sonho bom... A Josefa com o seu sorriso congelado no rosto e eu empurrando, como um alegre zumbi, um enorme carrinho, cada vez mais cheio e pesado. Mesmo hipnotizado pelo momento sublime, não pude deixar de registrar também a alegria, quase palpável, que exalava dos coraçãozinhos dos dois serafins que, com certa dificuldade, empurravam juntos um carrinho menor, cada vez mais cheio de biscoitos, balas, chocolates e muitas outras guloseimas, tão presentes em sonhos infantis, os quais eram obrigados a esquecer, logo pela manhã, devido à triste sina da maioria das crianças brasileiras... Não desta vez! Avisou-me uma lágrima descuidada, logo contida, para não quebrar a magia do momento.

Como todo momento, este, mesmo tão especial, também passou. Mas deixou marcado, sei que para sempre, o meu coração... Eu jamais serei a mesma pessoa depois deste momento maravilhoso. Já a Josefa, o Pedrinho e a Lucinha, acho eu, descobriram que sonhos, às vezes, se realizam...

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

PENSAMENTOS SOLTOS 72

 

“Enquanto houver limitações nas consciências humanas, dévicas, planetárias, solares e galácticas, a fé é necessária, pois ainda existirá o desconhecido para todas elas. Somente na consciência “Daquele Sobre O Qual Nada Pode Ser Dito” (como a Deidade Absoluta é conhecida pelos altos Iniciados) a fé não é mais necessária, pois Nele toda Sabedoria Universal está contida. Mas, uma coisa é certa e necessária: Tanto a mais humilde autoconsciência humana quanto a mais sublime Consciência Galáctica devem lutar, sempre, para primeiro conhecer e depois saber tudo aquilo que antes era motivo de fé. Sabedoria é o conhecimento vivido, que após ser conquistado, torna-se parte intrínseca do conquistador. No final de cada jogo entre os Manvântaras (períodos de manifestação Divina) e os Pralayas (períodos de descanso e absorvicão Divina), no “Dia Sê Conosco” da Bíblia Sagrada, todo o Universo, com as suas miríades de formas e Consciências, será novamente absorvido no ABSOLUTO.”

“No teatro do mundo não existe espetáculo tão fiel ao drama de vida e morte quanto a alvorada e o crepúsculo. É sempre o mesmo sol que ilumina o palco durante os dias e são sempre a mesma lua e as mesmas estrelas que iluminam as noites do homem, cuja vida é apenas um dia na vida da Alma, cuja vida é apenas um momento na vida do Espírito. O homem só se torna imortal quando absorvido pela Alma e a Alma só se imortaliza ao dissolver-se de volta no Espírito.”

“Entre o primeiro choro do nascituro e o último suspiro do ancião existe apenas um piscar de olhos da Vida... Um oceano para o homem e apenas uma lágrima para o Espírito.”

“Entre os homens há aqueles que insistem em ver a lagarta na borboleta e aqueles que insistem em ver a borboleta na lagarta. Existem também aqueles que vivem o dia com medo da noite e aqueles que vivem a noite com a esperança do dia. Escolhas... delas dependem a felicidade do homem.”

“A vida de uma subpartícula dura, em média, três bilionésimos de segundo; a de uma partícula, centésimos de segundo; a de alguns germes, algumas horas; a de alguns insetos, alguns dias; a dos homens, alguns anos; a dos astros, milhões ou bilhões de anos; a de um Universo... Nem muito, nem pouco: apenas o necessário para a experiência de uma Consciência menor ou maior. Tudo passa na relatividade do tempo e a Eternidade não é uma quantidade infinita de tempo. Deus nunca foi ou jamais será: Deus é!”

“Prestem atenção ao momento! Tudo acontece no agora. Passado só é importante porque foi presente e futuro só é importante porque um dia também será presente.”

“Um ato de amor é como o acender de uma lâmpada, que sempre ilumina não só o seu objetivo, como também tudo ao seu redor.”

“Enquanto os homens forem pequenos e fracos, necessários e fundamentais são as leis humanas. Mas, já existem aqueles, que seguindo as leis da própria Alma – A Lei do Amor – tornaram supérfluas as leis humanas, pois praticam os ensinamentos Daquele que melhor viveu e expressou esta Lei no nosso mundo – O Cristo – “Amai-vos uns aos outros como a si mesmos”. Quando a Humanidade se conscientizar e passar a viver de acordo com este sagrado mandamento, desnecessários serão os códigos penais de cada país.” 

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

O JARDIM DE DEUS

O jardim de Deus possui todos os tipos de plantas:

Árvores frondosas, árvores mirradas, árvores frutíferas, árvores lenhosas,

gramas altas, gramas baixas, flores de todos os tipos e tamanhos...

Existem também muitos tipos de ervas, mas nenhuma erva daninha;

é apenas o olhar errado do homem, cegado por uma ignorância passageira.

 

Sou uma florzinha do campo:

Abismo-me das formas e das cores que a beleza desenha,

em mim e em milhões de minhas irmãs.

Despreocupo-me das críticas – elogios ou ofensas – sobre o meu formato e a minha cor;

basta-me o sorriso misterioso do Pai em mim...

 

Não invejo o frondoso carvalho, nem a abundante macieira;

não invejo as rosas, nem as orquídeas,

embora deseje tornar-me assim tão belo algum dia, pois,

não é a mesma mão do Jardineiro – O Dono do jardim –  e a Sua misteriosa vontade,

que desenha as formas e colore as virtudes, tanto do grande, quanto do pequeno?

 

Cada planta, enorme ou pequenina, possui o seu Dharma,

sonho do Jardineiro gravado em cada semente.

Mas, ai! O livre arbítrio... atrasos e mais atrasos na ilusão do tempo,

embora nenhuma semente possa fugir ao destino,

do arquétipo na Mente Divina.

 

Sou uma florzinha do campo!

Humilde e escondida;

mas guardo um belo sonho em mim:

Desenhar sempre um sorriso,

em cada olhar que me alcance.

Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.