Assim como o oceano, que sempre mantém
a tranquilidade e o silencio nas profundezas das suas águas, por mais que
gigantescas ondas, sob as mais tremendas tormentas, possam agitar as suas águas
superficiais, é o homem que alcançou a Serenidade – o prêmio maior da
espiritualidade.
Se a Paz é o perfeito
aquietamento do corpo emocional sob os auspícios da Alma, a Serenidade é o
perfeito aquietamento da mente sob a Sua luz. É preciso primeiro galgar os
altos degraus que levam a Paz, antes de vislumbrar do seu cume os primeiro
degraus que levam à Serenidade. Assim como a Paz é o perfeito domínio dos
desejos do corpo emocional, a Serenidade é o perfeito domínio dos pensamentos
do corpo mental. Somente um ego que possui um saudável corpo físico, um corpo
emocional pacificado e uma mente serena, é um perfeito veículo para a
manifestação da Alma.
Um dos maiores problemas do homem
bem intencionado, quando desperta para a vida espiritual e pela primeira vez
entra no caminho probacionário, é lidar com novas e potentes energias, oriundas
internamente da sua própria Alma e externamente de grandes Forças Espirituais,
sempre atentas à oportunidade de ajudar. Muitos homens, devido às falhas em
experiências no plano físico, assim como nos planos sutis, podem levar a
virtude da devoção a beira do vício do fanatismo, inutilizando assim, para os
objetivos da Alma, o importante corpo astral-emocional. Podem também inutilizar
o corpo mental, pervertendo a virtude de uma mente potente com os vícios do
orgulho e da prepotência. Eis porque o bom senso e a humildade são virtudes
indispensáveis ao caminho espiritual.
Sem a Paz do corpo emocional e a
Serenidade de uma mente consciente do seu lugar e do seu papel na evolução do
homem (O Ser composto de ego e Alma), o ego não é capaz servir bem à sua Alma,
podendo chegar inclusive ao “Complexo de Santo”, doença que já atrasou muitos
buscadores sinceros. Não é fácil cultivar a humildade e manter o silêncio,
quando se tem experiências e ajudas metafísicas, tão valorizadas por uma
humanidade carente de verdadeiros valores espirituais. Sim, é verdade – e até
relativamente comum – a possibilidade de se adquirir alguns siddhis (poderes
psíquicos), ao se buscar com sinceridade o caminho espiritual. Mas, prestemos
bastante atenção às advertências dos Mestres, quando nos ensinam que, na
maioria das vezes (devido à inexperiência), esses poderes fazem mais mal do que
bem e que muitos se perderam em descaminhos, criados pela vaidade humana ou
mesmo pelas Forças Involutivas, no seu papel de atrasar o máximo possível a
evolução humana.
O maior benefício para aqueles
que já conseguiram pelo menos um pouquinho da virtude da serenidade, é que
vários medos inerentes à Humanidade comum passam a não mais fazer parte dos
seus veículos transitórios, inclusive o medo da morte. Além disso, uma mente
serena é como a superfície calma e tranquila de um lago, capaz de refletir com
perfeição o céu acima. Procuremos com paciência e diligencia manter o espelho
da nossa mente limpo e polido, para que ele possa refletir com nitidez o nosso
Sol Interior.
NÓS NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS POR
TUDO AQUILO QUE, ÀS VEZES INEVITÁVELMENTE, CHEGA AO CONHECIMENTO DA NOSSA
MENTE; MAS SIM! NOS TORNAMOS RESPONSÁVEIS POR TUDO AQUILO QUE NELA ABRIGAMOS. O
LIVRE ARBÍTRIO, MAIS DO QUE UM DIREITO, É UM DEVER DO QUAL NENHUM HOMEM PODE
FUGIR. FOI ESCOLHENDO NO PASSADO QUE CONSTRUIMOS O QUE SOMOS AGORA E É
ESCOLHENDO AGORA QUE CONSTRUIMOS O QUE SEREMOS NO FUTURO.
Sorria! – O Sorriso iguala as
pessoas.