Eu acredito que todo homem tem o
direito e o dever de ter o direito e o dever de viver de acordo com a idade da
sua própria Alma. Embora a Alma não tenha idade, por ser imortal, Ela tem sim
mais ou menos experiências nos mundos materiais, devido à quantidade de
encarnações que teve nestes mundos. Existem Almas muito antigas, com vários
milhares de encarnações; algumas Delas inclusive tendo iniciado as suas
experiências em mundos materiais de outros planetas, bem mais antigos do que a
Terra. Elas tiveram que abandonar o planeta de origem, por não conseguirem
acompanhar a sua evolução. São os “fracassados”, aludidos em muitos relatos (alguns
muito verdadeiros) e lendas das culturas e religiões de povos e nações. O amor
do Logos não é igual ao amor do homem. Para o Pai não existem filhos
eternamente fracassados, e Ele jamais abandona um filho caído. Mesmo um
demônio, em aeons ainda muito distantes, depois de muito sofrimento e
aprendizagem, haverá de retornar, como um filho pródigo, à Casa do Pai. Tudo é
Deus e todo mal algum dia terá que ser transmutado, pois não existe lixeira no
Universo.
Tudo evolui no Universo,
inclusive os Logoi (Deuses) Planetários, e quando uma “Partícula - Alma” de
algum destes Logoi (devido ao livre arbítrio humano), não acompanha a evolução
da maioria, Ela é separada e enviada a um planeta menos evoluído, para aprender
lições não aprendidas em Seu planeta natal. A fraternidade é uma Lei Universal
e todos os Deuses (Partes do ABSOLUTO UNO), que também estão em evolução, se
ajudam mutuamente. Com o tempo, cada Alma deve retornar ao seio do Deus, onde
foi criada.
Todas as Almas são iguais! Mesmo
quando encarnada, uma Alma sabe-Se igual à sua Irmã, mesmo que Ela seja menos
experiente. A diferença se encontra apenas no ego que, devido a um irreal senso
de valores, se acha melhor ou pior do que o seu semelhante. Deveria um
estudante universitário sentir-se superior a uma criança no jardim de infância,
por ter estudado mais e consequentemente ser mais experiente? Vaidades,
vaidades, nada além de vaidades, cantou o salmista Salomão, um dos maiores reis
da antiguidade.
Como disse um dos Mestres da
Hierarquia, não existe verdadeira democracia no mundo. As nações que se dizem
“democráticas” são apenas esboços borrados da verdadeira democracia, que
futuramente trará justiça ao mundo. A humanidade atual, apesar de reconhecer
teoricamente a igualdade entre os homens, ainda é incapaz de praticar a
equanimidade. Mesmo os homens bons, são incapazes, na sua maioria, de serem
equânimes, devido a um egoísmo cego, oriundo de ensinamentos errados das nossas
“modernas” escolas, que priorizam a competição e o individualismo, ao invés da
cooperação e do amor grupal. Para se conseguir uma sociedade sadia e feliz é preciso
que o sucesso seja uma possibilidade para todos. Geralmente, o sucesso individual,
quando não leva à ambição e à separatividade, quase sempre leva a uma
insensibilidade doentia e uma falta de empatia com aqueles deveríamos amar.
Mesmo a tão aclamada meritocracia
é relativa, quando confrontada pela razão, iluminada pelo amor. A verdadeira
justiça não deve levar em conta apenas os fatos presentes, mas também o passado
que levou às circunstâncias atuais. Será que é justo considerar apenas a
meritocracia para empregos governamentais ou privados, sabendo quão injustas
foram as condições e oportunidades anteriores que cada um teve no passado? É
justo que um bem alimentado e descansado jovem, que nunca precisou trabalhar
para ajudar a família e, por isso mesmo, teve muito mais tempo para estudar (geralmente
em escolas particulares bem preparadas), compita em iguais condições, para uma
bolsa em Universidade Pública, com um jovem de periferia que, além de ser obrigado
a estudar em escolas sucateadas e esquecidas pelo poder público, tem que gastar
preciosas horas, que deveriam ser gastas em estudo, na procura da própria
sobrevivência ou da família?
Não basta dizer, como ego (como é
politicamente correto), que somos iguais. É preciso agir como Alma (como é
espiritualmente correto) e sermos justos e equânimes.
Sorria! – O Sorriso iguala as
pessoas.