Relativa
é a individualidade do homem. Ele é apenas uma célula no corpo desta imensa
entidade chamada humanidade. Somente a vaidade e a ambição, efeitos colaterais
do livre arbítrio, podem engana-lo a tal ponto de fazê-lo crer que pode viver e
ser feliz separado do corpo em que vive, e que o alimenta com os únicos
alimentos que o permitem crescer e evoluir como alma e não só como ego - o amor
universal e a cooperação fraternal partilhados com seus irmãos de todos os
reinos. O ego que egoisticamente procura ser feliz sozinho acaba sempre como um
demônio grande ou pequeno, ou seja, um ego que rompe definitivamente com a sua
alma. Sem a luz da alma tudo é abismo... Escuridão.
Todas
as experiências do homem e todas as virtudes ou vícios adquiridos tornam-se
propriedades eternas da alma conjunta da humanidade sempre crescente, e mesmo
esta grande alma é apenas uma parte da Anima-Mundi “Alma do Mundo”. Assim como
uma célula da perna, do coração ou do cérebro afetam a saúde de todo corpo, um
homem afeta a saúde de toda a humanidade. Nenhum homem vive apenas para si
mesmo.
Por
mais virtudes e qualidades que um homem possa acumular, ele apenas possuirá uma ínfima parte de tudo o que ele pode alcançar, pois o que está fora sempre
será maior do que aquilo que está limitado por estar dentro. Como existem
milhões de outros seres na natureza, o homem só será completo e assumirá a sua
herança como um deus, quando se identificar com tudo na natureza, a qual é
apenas a parte física do Todo. Apenas uma tênue e, momentaneamente necessária
película, separa a gota do Oceano que a circunda e onde “Vive, move e tem sua
existência”, como nos ensina a bíblia cristã.
A
Divina Experiência só é possível com a momentânea dualidade em que a Monada
(Divina Fagulha Espiritual que habita a Alma, a qual habita o ego) é obrigada a
viver enquanto encarnada na matéria. Eu e tu, bom e mau, bem e mal, luz e
sombra, feio ou bonito, etc. etc. são apenas Maya (Ilusão). Os sois e planetas
são apenas magníficos teatros armados no tempo e no espaço para a evolução da
Consciência, pó que ao pó voltará assim como a mais humilde das formas criadas
pela Grande Ilusão – apenas um dos Sonhos de Deus.
Para
aqueles que têm dificuldade em enxergar a humanidade como uma Entidade viva e
em evolução eu perguntaria o que elas acham o que seria o inconsciente coletivo
e a sua maior dualidade – o subconsciente e o supra consciente - pedra central
da psicologia da qual fala o iniciado Jung. Não seriam eles a mente dual da
humanidade dividida assim como a do homem em duas partes? Não seria o
subconsciente coletivo o equivalente ao morador do umbral no homem e o supra
consciente equivalente ao seu Anjo Solar? Até quando o homem conhecerá e temerá
mais a Satanás (O morador do umbral da
humanidade) do que conhecerá e amará mais Sanat Kumara (O nosso Grande Anjo
Protetor e responsável pela redenção da humanidade)? (Ver os artigos "O Morador do Umbral" e "O Anjo Solar")
O
símbolo da vida na Terra é uma imensa e frondosa árvore de cabeça para baixo,
com sua copa, galhos e tronco a penetrarem a abóboda azul da Terra e com as suas
raízes a penetrarem a vastidão do espaço. A humanidade é apenas o galho mais grosso
desta árvore e o homem apenas mais uma humilde folha neste galho. Poderia este
galho, orgulhoso, viver fora do tronco? Poderia a folhinha viver fora do
galho? ”Vaidades, vaidades... Nada além de vaidades” como bem o disse o antigo
Iniciado Salomão.
Ah,
meu irmão! Quando aprenderás que quando me amas a ti mesmo te iluminas e que
quando me odeias a ti mesmo lanças na escuridão? Quando aprenderás que ao
beijar-me a ti mesmo acaricias e que ao me ferires a ti mesmo machucas?
Fagulhas
do mesmo Fogo. Filhos pródigos do mesmo Pai. Andarilhos cansados a trilharem o
caminho de volta ao Lar após longuíssima viagem ao estrangeiro. Este é o
destino do homem... Sempre há muita alegria na volta de cada filho pródigo à Casa do Pai, mas a grande festa só será realizada quando chegar o último e
exausto peregrino.
Sorria!
– O Sorriso iguala as pessoas.