Quando eu escrevi, em vários dos
meus artigos, que Deus não foi feito para ser conhecido, mas vivido, eu me
baseava não apenas em teorias e vivências lidas e estudadas em diversos
escritos espirituais ou em profundas elucubrações mentais pessoais ou alheias.
Eu sempre me baseei em experiências reais, não só nos planos ou dimensões sutis
(astral, mental e espiritual), mas também no plano físico, muitas vezes
acompanhado por outras pessoas. A série de artigos “Sobre Milagres” não foi
imaginada, mas vivida em corpo, mente e, principalmente, coração. Como bem
disse uma irmã querida: A época é de testemunho, mais do que de ensinamento.
A Humanidade, nesta Nova Era de
Aquário, precisa deixar para trás o medo e o muito de ingênuo que foi
erroneamente ensinado na Era de Peixes (certamente misturado com muitas outras
coisas úteis e evolutivas).
Um dos grandes erros do
Cristianismo é o dogma da “Expiação Vicária”, que nos diz que para a salvação
da Humanidade foi preciso a imolação do próprio Filho de Deus. Se não fosse o
sangue do Cordeiro de Deus – O Cristo, nenhum homem poderia ser salvo, devido
ao “pecado original”. Numa desconsideração com as outras religiões, muitos
ramos do Cristianismo pregam que só há salvação na fé cristã. Outros pregam que
basta aceitar Jesus como o seu Salvador, que todos os pecados serão perdoados.
Mesmo um psicopata assassino, independentemente do sofrimento que causou, à
vítima e à sua família, é imediatamente perdoado, se com “sinceridade”
confirmar Jesus como seu Senhor e Salvador. A Lei do Carma (assim como o
simples bom senso), nesta hora inglória, vai pras cucuias.
Paulo, o principal mentor da fé
Cristã, embora atualmente seja um Mestre de 5ª Iniciação, componente da
Hierarquia Espiritual da Terra, no início do Cristianismo era apenas um
Iniciado de 2ª grau e, por isso mesmo, falho e sujeito a muitos erros. O judeu
fariseu Saulo (depois Paulo de Tarso), teve muitas dificuldades e causou muitas
confusões, ao tentar mesclar a complicadíssima religião judaica, cheia de
regras e ritos de uma era passada, aos simples e diretos ensinamentos de Jesus
Cristo. O valor do Cristo não está em ter morrido para salvar a Humanidade, mas
sim, por amor a Ela, ter voltado a viver, depois de ter conquistado a total liberdade, neste nosso caótico mundo físico, após ter
adquirido o direito de viver nos mundos celestiais. Ele fez este tremendo
sacrifício, não apenas uma vez, no corpo de Jesus Cristo, mas também, muitas outras vezes, nos corpos
de Rama, Zoroastro, Krishna e muitos outros nomes perdidos nas areias do tempo...
Na verdade, segundo a Gnose
ensinada pela Hierarquia, ninguém salva ninguém, embora muitos tipos de ajudas
sejam possíveis (vindas de Anjos, Irmãos Mais Velhos e, obviamente, do próprio
Eu Superior). Assim como o homem se autoconvoca para a senda espiritual, ele
mesmo deve tornar-se o seu próprio salvador, para depois ajudar na salvação dos
seus irmãos. É O DEUS IMANENTE QUE SALVA O HOMEM, NÃO O DEUS TRANSCENDENTE, que
certamente tem coisas mais importantes a fazer, do que ficar cuidando de uma
humanidade infantil e errática, de um minúsculo planetinha nos confins da Via
Láctea.
Somente após a 3ª Iniciação,
comandada diretamente por nosso Logos (nas duas primeiras o Hierofante é o
Cristo), é que o nosso Deus Planetário tem um contato direto com o homem, agora
um ser muito mais espiritual do que material, ou seja, com a Alma, não mais o ego,
no comando.
Todo ego tem a obrigação de
construir a sua parte do Anthakarana (o fio que liga o ego à sua Mônada,
através da Tríade Espiritual). É adquirindo uma quantidade cada vez maior da
mais pura matéria da mente concreta (matéria do 4º subnível mental), que o ego
preenche a lacuna, que o separa da mais baixa matéria da mente abstrata
(matéria do 3º subplano mental), pertencente à sua Tríade Espiritual. É por
isto que é dito que primeiro é preciso “tornar-se” o caminho, antes de
percorrê-lo.
Como explicar a um homem cego o
que é o azul, o vermelho e o verde... Somente com os próprios olhos pode-se ver
as belezas de Deus.
Durante milhões de anos, em
milhares de encarnações, o homem constrói, muito lentamente, órgãos espirituais
capazes de ver, sentir e vivenciar Deus; para no final poder exclamar, com
toda sabedoria do mundo, assim como O Cristo: EU E O PAI SOMOS UM.
***Existem hoje encarnados na Terra, milhares de Iniciados de 3ª e 4ª Iniciações (todos conscientes do seu grau evolutivo. Milhões de Iniciados de 1ª e 2ª Iniciações (a maioria deles desconhecendo este fato na consciência cerebral) e um número ainda maior de pessoas com certo contato, consciente ou não, com o seu Eu Superior. Todos com poucas ou muitas experiências metafísicas. Todos sob a orientação direta ou indireta da Hierarquia. Realmente, não há razão para desalento! Cristo – O Cabeça da Hierarquia – como prometeu, jamais deixou a Terra...
Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.