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sábado, 23 de março de 2019

ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE



Nesta semana o maior e mais respeitado prêmio mundial de espiritualidade foi entregue a um grande cientista brasileiro (Marcelo Gleiser - físico teórico, professor universitário e escritor). O Marcelo é um agnóstico, que respeitando todos os pensamentos humanos, procura achar o link entre ciência, religião e filosofia (formas irmãs na busca por uma maior compreensão da vida e de Deus). Todas três são caminhos para a espiritualidade, a qual é muito maior do que todas elas. Por quê? Porque todas três são especulações da mente concreta e a espiritualidade é coisa da mente abstrata. A mente concreta liga o homem ao mundo do ego (os planos físico, astral-emocional e mental inferior, como explicado nos artigos Triologia I, II e III) e a mente abstrata o liga ao mundo da alma.

Uma das coisas mais tristes que pode acontecer a um homem no decorrer da vida do ego – que é apenas um dia na vida da alma - é ele se tornar um ateu (felizmente a grande maioria que se rotula assim é agnóstica não ateia), geralmente por uma vaidade tola de liberdade individual, quando na verdade o homem é apenas uma célula de uma entidade muito maior – A Humanidade. Triste não porque ele será castigado por um Deus antropomórfico, iracundo e vingativo, mas porque deliberadamente, usando o seu livre arbítrio, ele cerra a sua mente ao Númeno vivendo apenas o Fenômeno, ou seja, ele acredita e vive apenas no mundo material – que sem dúvida também é divino - porém apenas uma pequeníssima parcela do Todo. A realidade é muitíssimo maior do que podem constatar nossos humildes sentidos, mesmo com inteligentes extensões criadas pela ciência. Há somente uma coisa mais triste do que isso : o fanático religioso, o qual também fecha sua mente ao Todo em doentia devoção a uma religião específica, considerando inimigos todos aqueles que não pensam igual à sua estreita mente, criando guerras religiosas estúpidas, matando e causando muito sofrimento em nome de Deus. Agora, vejam bem! Eu não sou contra as religiões, mesmo porque elas atualmente ainda são muito necessárias à grande maioria da humanidade e, também, respeito o livre arbítrio do ateu, embora abomine o ateísmo que limita o homem à pequenez de uma visão materialista. 
 
Quando um ateu, por diversos motivos, geralmente por uma grande decepção na vida, se torna um religioso, isto é muito bom, pois abre sua mente para coisas além da matéria, desde que, é claro, não se torne um fanático. Quando um fanático se torna um agnóstico (um homem que não acredita em nenhum Deus de qualquer religião, mas não fecha a sua mente para alguma coisa além da matéria, misteriosa e maior do que ele mesmo), geralmente por uma grande decepção religiosa, isto também é muito bom, pois ele liberta a sua mente antes escravizada por dogmas.

Como nos ensinou o Mestre Jesus: “São vários os caminhos que levam ao Pai”. Jesus não era um religioso, pois apesar de ter nascido como judeu, apenas uma vez, como adulto (já que ensinava os sacerdotes do templo, quando criança), foi ao templo em Jerusalém (e causou muito tumulto nesta única visita como nos relata a Bíblia), além de viver às turras com os fariseus e saduceus. Certamente Ele não era um agnóstico, pois como Ele mesmo dizia: “Eu e o Pai somos Um”. Não sei se Ele estaria satisfeito com a grande religião que inspirou com Seus exemplos e ensinamentos, que embora simples, foram extremamente deturpados pelas mentes de teólogos e eclesiásticos (em sua maioria bem intencionados) preocupados mais com a forma do que com o espírito da Sua doutrina.

Encerro este artigo com uma profecia do Mestre Tibetano, feita na primeira metade do século XX: “Uma nova religião está a caminho nesta nova era de Aquário que já se adentra. Uma religião sem eclesiásticos e sem dogmas, e cujos templos serão encontrados no coração de cada homem - O Santo Sanctorius onde Deus habita. E, só uma lei guiará o destino do homem – A Lei do Amor.


Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

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