“Assim como a profundidade das
raízes de uma árvore impede que ela tombe sob as tempestades, a profundidade
com que o homem vive as suas experiências no mundo, impede que ele tombe sob as
tempestades da vida. A superficialidade do homem moderno, em sua ávida busca de
felicidade, faz com que ele passe rapidamente por cima daquilo que não leva ao
imediatismo das conquistas materiais. Infelizmente, esta pressa não deixa
espaço, nem tempo, para as conquistas espirituais. Além disto, a sua mente,
cada vez mais potente, não paira o suficiente sobre os fatos e acontecimentos,
não permitindo assim que a Alma tenha tempo suficiente para absorver os frutos
da experiência. A mídia moderna e principalmente a Internet, com suas notícias
instantâneas, muito contribuem para isto. A vida passa sob os lampejos de uma
lanterna agitada, que não gasta mais do que alguns segundos sobre as cenas e
acontecimentos do dia a dia. Sem o aprofundamento das raízes, o homem balança
frágil e perigosamente sob as tempestades da vida. A Alma só pode ser encontrada
nas profundidades de cada um. Somente no silencio, longe dos burburinhos de um
mundo extremamente agitado e superficial, o homem pode enraizar-se na segurança
da sua própria Alma.”
“Amar para ser amado: Eis uma
verdade fundamental à felicidade do homem comum, que evolui ao ritmo normal da
natureza. Este é o amor Eros, que precisa sempre ser correspondido, para
continuar crescendo. A verdadeira Espiritualidade começa quando o homem sai de
uma “normalidade” lenta e egoísta e começa a amar incondicionalmente com o amor
Ágape, que nunca exige retribuição, pois vê apenas a Alma no outro – uma
partícula da Anima Mundi – lutando pela sua evolução, assim como ele próprio.”
“Quando eu digo que a aceitação é
um dos principais ingredientes da felicidade, eu não quero dizer com isto que
devamos ser passivos em relação às circunstâncias que a vida nos trás, ao
contrário: a pró-atividade é condição fundamental à evolução humana. O que eu
quero dizer é que sem a aceitação da vida como ela é, imperfeita, baseada na
Lei do Carma e sujeita a acidentes, pela relativa imperfeição do nosso Logos
Planetário (Um dos bilhões de Deuses a evoluírem no Universo), o homem se
perderia em caóticas tempestades emocionais. Tormentas que certamente obliteram
a luz da mente, além de dificultar a entrada de uma luz ainda mais importante:
a luz da própria Alma, que assim como o Sol em momentos de tempestades, tem
bastante dificuldade para ultrapassar as densas nuvens.”XXX
“Na verdade não existe meu Ego,
minha Alma ou minha Mônada (Espírito): existe apenas uma grande Entidade – A Humanidade;
uma grande Alma – A Anima Mundi e um grande Espírito – Deus. É apenas um grande
erro da mente (momentaneamente limitada pelo Espaço-Tempo) que, cegadas pelo
véu da matéria, presunçosa se acha separada do grande TODO. É por isto que
milhões de homens e mulheres em todo o mundo e em todas as épocas, testemunham
que em seus Êxtases perderem completamente a noção de fronteiras, não só entre
eles e os outros, mas também entre eles e todo o resto da natureza. O Homem
nada mais é do que uma partícula de Humanidade, uma partícula de Alma e uma
partícula de Espírito, que se juntam, por um breve momento na Eternidade, para
que Deus, no Universo por Ele criado, pudesse perfomar a Divina Experiência.”