De acordo com os ensinamentos dos
Mestres da Hierarquia, a primeira coisa exigida do neófito ao objetivar a Senda
Espiritual é a inofensividade. Por quê? Porque cada ato do homem é uma pedra de
pavimentação ou de tropeço no caminho que o leva ao 5º Reino – o Reino
Espiritual. Não existe um caminho pronto e cada homem é responsável pela
criação do seu próprio, o qual se constrói com suas ações e atitudes,
adiantando-se ou atrasando-se com seus acertos e erros. Nesta difícil empreitada,
tanto o bem quanto o mal feito ao outro conta em dobro, pois este “outro”,
assim como cada um de nós, é apenas uma parte do nosso eu maior – A Humanidade.
Mesmo a Humanidade é também (assim como os outros Reinos) apenas uma parte de
um Eu ainda maior – O Logos Terrestre. Por isso a inofensividade – em relação a
todos os Reinos – é tão importante. Mas, o que significa realmente ser
inofensivo?
Ser inofensivo é abdicar do
direito de ferir, mesmo quando ferido,
escutando o sussurro da Alma –
perdoa!
Enquanto, aos berros, o ego grita
– vingança!
Ser inofensivo é ser advogado do
outro e promotor de si mesmo,
deixando à Alma, não ao ego, o
papel de juiz.
Ser inofensivo é enxergar no
interior de cada um, em meio às trevas do ego,
o ponto de luz – A Alma – que bravamente
luta em meio à escuridão.
Ser inofensivo não é só não
ofender ou ignorar a ofensa e amar incondicionalmente,
mas, como Alma, doar um pouco de
si mesmo, enviando a energia do amor para avivar a chama,
que perigosamente bruxuleia,
ameaçando se apagar.
Ser inofensivo é se identificar com
o Deus que em si habita e,
através Dele, identificar o Deus
em seu irmão,
para que unidos possam
identificar Deus em todas as coisas.
Ser inofensivo é saber-se grupo,
não indivíduo,
é ser plural, não singular,
pois é o egoísmo a raiz do mal.
Ser inofensivo é saber que
existem muitos erros e defeitos no homem,
mas apenas um grande pecado: O
pecado da separatividade.
Ser inofensivo é saber que nada
existe fora de Deus,
e que prejudicar o outro é
prejudicar a si mesmo.
Ser inofensivo, finalmente, é
saber-se um com tudo que existe.
Que somos todos irmãos, células
componentes de um mesmo e único grande Ser.
Que somos todos pedacinhos de
Deus, vivendo a tremenda aventura de existir
por apenas um breve instante no
tempo:
Como pedra; como planta; como
animal; como homem; como alma; como...
Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.