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SOBRE A FELICIDADE

Tu que buscas com tanto afinco a felicidade, escuta o que eu tenho a te dizer. Este pássaro que voa tão alto, e que as vezes pousa no teu ...

sábado, 30 de outubro de 2021

SOBRE A INOFENSIVIDADE II

 

De acordo com os ensinamentos dos Mestres da Hierarquia, a primeira coisa exigida do neófito ao objetivar a Senda Espiritual é a inofensividade. Por quê? Porque cada ato do homem é uma pedra de pavimentação ou de tropeço no caminho que o leva ao 5º Reino – o Reino Espiritual. Não existe um caminho pronto e cada homem é responsável pela criação do seu próprio, o qual se constrói com suas ações e atitudes, adiantando-se ou atrasando-se com seus acertos e erros. Nesta difícil empreitada, tanto o bem quanto o mal feito ao outro conta em dobro, pois este “outro”, assim como cada um de nós, é apenas uma parte do nosso eu maior – A Humanidade. Mesmo a Humanidade é também (assim como os outros Reinos) apenas uma parte de um Eu ainda maior – O Logos Terrestre. Por isso a inofensividade – em relação a todos os Reinos – é tão importante. Mas, o que significa realmente ser inofensivo?

Ser inofensivo é abdicar do direito de ferir, mesmo quando ferido,

escutando o sussurro da Alma – perdoa!

Enquanto, aos berros, o ego grita – vingança!

Ser inofensivo é ser advogado do outro e promotor de si mesmo,

deixando à Alma, não ao ego, o papel de juiz.

Ser inofensivo é enxergar no interior de cada um, em meio às trevas do ego,

o ponto de luz – A Alma – que bravamente luta em meio à escuridão.

Ser inofensivo não é só não ofender ou ignorar a ofensa e amar incondicionalmente,

mas, como Alma, doar um pouco de si mesmo, enviando a energia do amor para avivar a chama,

que perigosamente bruxuleia, ameaçando se apagar.

Ser inofensivo é se identificar com o Deus que em si habita e,

através Dele, identificar o Deus em seu irmão,

para que unidos possam identificar Deus em todas as coisas.

Ser inofensivo é saber-se grupo, não indivíduo,

é ser plural, não singular,

pois é o egoísmo a raiz do mal.

Ser inofensivo é saber que existem muitos erros e defeitos no homem,

mas apenas um grande pecado: O pecado da separatividade.

Ser inofensivo é saber que nada existe fora de Deus,

e que prejudicar o outro é prejudicar a si mesmo.

Ser inofensivo, finalmente, é saber-se um com tudo que existe.

Que somos todos irmãos, células componentes de um mesmo e único grande Ser.

Que somos todos pedacinhos de Deus, vivendo a tremenda aventura de existir

por apenas um breve instante no tempo:

Como pedra; como planta; como animal; como homem; como alma; como...


Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.

sábado, 23 de outubro de 2021

SOBRE O SENTIDO DE RESPONSABILIDADE

 

Desde que comecei a levar a sério os meus estudos e vivências espirituais, há mais de quarenta anos, uma verdade esotérica ensinada pela Hierarquia sempre me pareceu um pouco exagerada e supervalorizada, ou seja, que a maior característica da Alma é o sentido de responsabilidade. Sempre pareceu-me que o amor, a compaixão e algumas outras virtudes fossem mais importantes. Reestudando pela enésima vez os livros do Tibetano (escritos através da Alice Bailey), finalmente inteirei-me da verdadeira importância desta fundamental virtude à evolução da Alma.

Como facilmente constatável, a maioria das pessoas levam a vida mais como egos do que como Almas. Assim que o homem passa a viver mais como Alma, a ênfase da sua vida começa a deixar de ser mais pessoal e passa a ser mais grupal. Isto acontece porque, ao contrário do ego, que se considera um indivíduo (uma etapa importante na infinita caminhada do Espírito), uma Alma sabe-se parte de um grupo. Na verdade não existe isso de “minha Alma e sua Alma”, pois todas as Almas humanas são apenas células de uma Entidade Maior – A Humanidade. Daí vem o sentido de responsabilidade da Alma para com o Seu “Corpo Maior”. Depois de identificar-se com a Humanidade, o Iniciado (agora um membro do Reino Espiritual – O Reino logo acima do Humano) continua evoluindo e passa, no futuro como Mônada (puro Espírito), a se identificar com toda Vida Planetária – Deus – o nosso Logos Terrestre. “Eu e o Pai somos Um”, declarou O Cristo, o primeiro homem a se tornar um Deus (abrindo assim o caminho para toda Humanidade), ao completar a épica jornada do Espírito pelos mundos materiais.

A grande insatisfação e o vazio que sentem muitos homens “que venceram na vida” e que, supostamente, deveriam estar felizes e completos, vem do fato de que, apesar de terem vencido como egos, falharam como Almas. Dedicaram toda a vida a vencer o mundo, quando o mais importante era vencer a si mesmo. “De que vale possuir todo o mundo e perder a sua Alma?”, alertou-nos o Cristo há dois mil anos. Muitas encarnações são perdidas quando Apófhis (o ego) vence Psiquê (A Alma), situação permitida ao homem devido ao sagrado livre arbítrio. Mas, apesar de tudo, o Amor do Pai sempre puxa o homem para Si, mesmo que ele teime em perder muito tempo (às vezes, várias encarnações) com tolices, pequenezas e ambições, perdido na ilusão da matéria. Todo filho pródigo um dia retorna à Casa do Pai.

“Nenhum homem vive para si mesmo” – Bíblia Sagrada. Enquanto o homem não absorver esta verdade e assumir a sua responsabilidade como elo fundamental entre Deus e os seus “pequeninos” – de todos os reinos – ele poderá ter alguns momentos de felicidade do ego, mas jamais a Alegria da Alma. Como mais uma vez nos ensina a Bíblia: “Toda natureza sofre dores de parto à espera da glória do filho do homem”.

O homem não nasceu para satisfazer os desejos do ego, mas para cumprir a vontade da Alma. Isto não significa uma vida de dores e sacrifícios, posto que toda Alma ama o “Cavalinho” que a Mãe Terra lhe emprestou, para percorrer os caminhos deste mundo. Para que a vida de um homem – apenas um dia na vida da Alma – valha a pena, basta que o homem use o seu livre arbítrio, escolhendo servir à sua Alma, não ao seu ego.

Sem o sentido de responsabilidade o homem é apenas um ego... jamais uma Alma.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

sábado, 16 de outubro de 2021

DICAS PARA UMA BOA VELHICE

Eis algumas coisas que aprendi depois alcançar a Matura - Idade:

NÃO RECLAME: Cada etapa da vida possui os seus próprios ensinamentos; suas alegrias e dissabores; seus prazeres e suas dores e a 3ª Idade não foge a isto. O planeta Terra é um planeta cármico, onde o homem aprende através de tentativa e erro, vivendo entre as dualidades apresentadas pela vida e pagando o preço pelas suas ações e escolhas. Reclamações e não aceitação só aumentam o atrito, energizando – e assim mantendo vivo – aquilo que deveria ser descartado, após uma análise sincera da mente iluminada pela Alma.

PERDOE E PERDOE-SE: Sem perdão, o homem inevitavelmente se tornaria um vaso cheio de raivas, ódios e remorsos, ou seja, um veículo inadequado para a manifestação da Alma. É verdade que o objetivo do homem é tornar-se um Deus no futuro, mas até que ele atinja a 5ª Iniciação e se torne um Mestre Ascencionado, livre das peias deste mundo, inevitavelmente muitos erros e fracassos serão por ele cometidos, em milhares de encarnações sobre este nosso sofrido planetinha.

SINTA-SE ÚTIL: Uma Alma nunca se aposenta. Uma Alma encarna para aprender e, principalmente, servir no resgate da matéria. O homem é uma dualidade composta de Ego e Alma e embora seja inevitável o desgaste físico, emocional e mental do Ego, a Alma é sempre jovem e atenta para cumprir a Sua missão. Na 3ª idade, escreva, difunda belezas (como a poesia, a musica e outros), repasse os conhecimentos adquiridos na experiência dos anos, ore... Ações emocionais, mentais e espirituais muitas vezes são mais úteis do que ações físicas. Saia de si mesmo e vá ao encontro do outro: Somos todos células irmãs na mesma Humanidade. Não se isole! O mundo precisa de você.

LIVRE-SE DAS MÁGOAS: Não se ofenda, identificando-se assim com o mal, levando para dentro de si mesmo as mesquinharias e pequenezas do ego de um nosso irmão. Dentro de cada um existe uma Alma lutadora, momentaneamente obscurecida, mas que, futuramente, assim como uma pérola, revelará a beleza escondida.

DESENVOLVA O SENSO DE HUMOR: Aprenda a rir de si mesmo! O riso diminui o defeito e aumenta a humildade.

LIVRE-SE DO COMPLEXO DE CULPA: Reconheça os erros do passado. Peça desculpas aos prejudicados e a Deus e... siga em frente. O remorso ocupa o espaço reservado ao perdão.

DESAPEGUE-SE: Das coisas; das pessoas; da vida... As pessoas confundem apego com amor. Não pode haver amor onde não há liberdade. Tudo é passageiro neste mundo de ilusão! É a atitude, não o fato, que se eterniza na memória da Alma.

PRATIQUE ATIVIDADE FÍSICA: “Mens sana in corpore sano” já gritavam os antigos, há milhares de anos. De que adianta um potente motor em uma carcaça fraca e enferrujada? Tanto matéria quanto Espírito são criações de Deus e ambos merecem nosso cuidado e atenção. Deixa de arranjar álibis para a preguiça!

ACEITA COM CORAGEM E RESIGNAÇÃO O DECAIMENTO DO CORPO FÍSICO: Toda forma material é “Pó que ao pó voltará” e não há nada que o homem possa fazer quanto a isso. Cuida bem do veículo emprestado pela Mãe Terra, para que pudesse experenciar o mundo material. Dorzinhas e desgastes fazem parte do jogo da vida e não devem impedir as importantes lições a serem aprendidas na 3ª Idade.

AJA “COMO SE NÃO HOUVESSE”: Nos Seus robustos ensinamentos no livro “O Discipulado na Nova Era”, o Mestre Djwall Khul – O Tibetano – nos alerta sobre as dificuldades dos Mestres em arranjar Discípulos para as obras que Eles têm que fazer no plano físico. Eles reclamam, que assim que um homem se torna mais maduro e mais apto ao Serviço, geralmente após os cinquenta anos, ele passa a valorizar em demasia as “dorzinhas e os cansaços”, prejudicando o cumprimento da missão. Ele conclama todos os homens de boa vontade a não se entregarem a estes empecilhos e firmemente agirem “Como se não houvesse” qualquer impedimento à vontade da Alma. Forças internas e externas viriam inevitavelmente em seu auxílio se assim agisse. O trabalho da Hierarquia pode, às vezes, ser atrasado, mas jamais impedido.

Sorria! O Sorriso iguala as pessoas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

PENSAMENTOS SOLTOS 81

 

“Ontem eu tive um lindo sonho, bastante claro e elucidativo: Eu estava em um grande atelier, bastante espaçoso, onde vários artistas compunham uma gama de pinturas abstratas, algumas muito lindas. Aproximei-me de um quadro, do qual muito gostei, e perguntei ao pintor o que era a arte e porque eu tinha gostado do quadro, mesmo não sabendo explicar a sua abstração. O pintor parou por um instante e deu-me a melhor explicação que eu ouvi até hoje sobre este controverso tema: “Arte é a beleza identificada pela Alma, não pelo ego, por isto a dificuldade de uma explicação mental.” No mesmo sonho, questionei o porquê de tantas opiniões diferentes sobre uma mesma obra artística e, imediatamente, surgiu-me a resposta: No plano original das Almas, todas Elas são iguais e têm todas as mesmas percepções, partilhadas através da Anima Mundi (uma possibilidade de dimensões superiores à 3ª dimensão em que vive o ego), mas quando encarnadas, cada uma delas tem uma percepção individual e por isto tantas diferentes opiniões sobre uma obra de arte. Foi confirmado assim aquilo que eu já sabia: Cada Espírito humano é um pedacinho de Deus buscando experiência nos mundos materiais.”

 “Eis, para mim, uma prova definitiva de que a consciência não é uma consequência aleatória do ajuntamento de átomos em uma forma corporal, como pensam muitos, quando afirmam que nada persiste depois da dissolução do corpo. A lei da entropia (provada por leis matemáticas que, no plano físico, é a linguagem mais precisa do espiritual), que diz que tudo no Universo caminha para o caos e dissolução, é uma verdade cientifica e espiritual (que só se conflitam na ainda confusa mente humana), pois ela apenas confirma o que a ciência provou recentemente e que a Sagrada Gnose afirma há milhares de anos: que a matéria é energia. Pois então, se toda matéria tende a se dissolver em energia e se espalhar pelo espaço infinito, o que constrói a forma e qual a força mantém unidos os átomos, que possibilita a existência de miríades de formas existentes Universo, do mais fabuloso Sol até a mais humilde bactéria, incluído aí o corpo humano?”

“Às vezes, uma verdade nos chega como um fruto suculento, pronto para ser comido com prazer e digerido com facilidade. Às vezes, uma verdade nos chega como uma cebola, que precisa antes ser descascada pela mente e cozida pelo coração, antes de ser digerida e passar a fazer parte de nós mesmos.”

“Uma das coisas mais importantes no retorno do Cristo (que já deixou os altos lugares em que estava – nas dimensões espirituais mais elevadas da Terra – e que agora já se encontra nos planos mais densos, aproximando- Se cada vez mais do plano físico), é que a simplicidade dos Seus ensinamentos espirituais será novamente resgatada. O verdadeiro Cristo virá despido das muitas lendas e erros sobre a sua última passagem pelo plano físico da Terra – como o Jesus histórico – criados por devotos homens da Idade Média, sinceros em sua maioria, porém cegos pelo fanatismo ou pela ingenuidade que, com ou sem intenção, iludiram ou confundiram, durante séculos, a Humanidade. Confusas teologias (como, por exemplo, a falsa expiação vicária ou a existência de um inferno eterno), ou mesmo mentiras casuísticas de gananciosos sacerdotes e falsos profetas, lançaram o homem em eras de sofrimento e medo, sob o tacão de um Deus, ciumento, iracundo e vingativo, ao invés do verdadeiro Deus amoroso, tão conhecido pelo Cristo. A verdade mais importante a ser restabelecida pelo Primogênito (o primeiro homem a se iluminar e tornar à Casa do Pai), é que, assim como Ele, todo homem pode resgatar a sua divina herança, pois como Ele afirmou há dois mil anos: “Sois Deuses”.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

sábado, 9 de outubro de 2021

SOBRE A PACIÊNCIA

Foi dito: Sem a Paciência nem mesmo um Mestre consegue superar a ilusão do tempo.

Um dos principais males da Humanidade moderna é não ter tempo e nem paciência para observar e interiorizar os ensinamentos, que a Vida nos traz a cada dia. Por isso, deixamos de aprender das experiências e atrasamos a nossa evolução, pois cada lição não aprendida se repetirá no futuro, até que aprendamos o que a Vida tem a nos ensinar.

Não são poucas as pessoas que dizem – sem nenhum complexo de culpa – que não gostam de crianças e de animais domésticos. Elas não sabem quantos ensinamentos de pureza, de inocência, de amor incondicional e de paciência elas deixam de obter com estes irmãozinhos, os quais poderiam ser usados pela Vida, para ensinar os “adultos”, muitos, vaidosos, egoístas ou, simplesmente, preguiçosos.

Assim como fiz no artigo “A maior lição da minha vida”, um agradecimento à Nina, uma ex-cachorrinha de rua que muito me ensinou, relatarei aqui o que a Gorete (um outro cãozinho abandonado, adotado pela minha filha), a qual chamo carinhosamente de minha netinha, me ensinou sobre a paciência.

Quando a Priscila – minha filha – adotou a Gorete (e depois adotou também a Judite), foi-lhe explicado, que ela era uma dócil, porém muito traumatizada, cadelinha, bastante maltratada pelo lado mau da Humanidade. É de doer o medo que ela sente das pessoas (principalmente dos homens), de barulhos e de carros, até dos carros estacionados no acostamento.

Pois muito bem, a minha filha e o seu marido tiveram que viajar por três meses para o exterior e por isto deixaram as minhas duas netinhas aos meus cuidados e da minha esposa. Devido ao seu imenso trauma, a Gorete corre para um canto isolado, toda vez que detecta a presença de um humano. Ela também raramente deixa a presença do seu protetor, normalmente a minha filha e agora, na ausência dela, eu (a minha esposa diz que agora eu arranjei um rabinho).

Quatro vezes por semana, eu e a Beth (minha esposa), saímos para passear com as nossas duas netinhas. Eu conduzo a Gorete, uma adorável “vira-lata” de onze quilos e a Beth a Judite, uma pinscher de quatro quilos.

Agora, vocês não têm ideia da dificuldade que eu tenho para controlar a Gorete durante este passeio de seis quilômetros, principalmente em uma parte do trajeto, em meio às pessoas e carros (até aos estacionados).

Outro dia, em uma das primeiras caminhadas, a Gorete estancou, com as quatro patas fincadas no chão, em frente a um velho e descorado Chevette preto, estacionado em um dos poucos pontos de maior tráfego. Eu, um pouco irritado e impaciente, devido às constantes interrupções, dei uma bronca nela e tentei arrastá-la à força, quando, não sei como, ela conseguiu se soltar da correia e correu para o meio da rua. Perplexo, eu corri para o meio dos carros, agitando os braços como um louco, até conseguir parar o trânsito e resgatar a minha netinha. Abraçando-a, pedi desculpas e agradeci a Deus por nada ter acontecido a ela nem a mim, um maluco a correr em meio aos carros.

Após acalmar-me e acalmar a Gorete, no grande silêncio após o incidente, sussurrou-me, ao ouvido interno, a Alma atenta: Sabes, por acaso do sofrimento causado a esta sua irmãzinha? Não poderia uma besta humana, ter saído de um velho carro escuro e com um falso sorriso nos lábios e um petisco na mão, ter atraído para abomináveis abusos, nossa, então, esfomeada irmãzinha? Fácil é enxergar a maldade no corpo físico, mas como enxergar a ferida aberta no corpo astral-emocional (os animais partilham o plano astral juntamente com os homens e outros seres), sem ser um Iniciado de certo grau? O amor da sua filha, e de outros como você, é a única energia capaz de curar a dor e preencher o rombo causado à Alma Grupal, à Qual a Gorete pertence: PACIÊNCIA!

Até se tornar um Iniciado, nenhum homem é capaz de enxergar as chagas abertas nos corpos sutis de uma Consciência encarnada , tanto do reino humano, quanto do reino animal. Por ainda não sermos capazes de enxergar um ser na sua totalidade, imprescindível é a paciência e o amor incondicional.

Obrigado Gorete, pelos ensinamentos sobre a Paciência, esta virtude fundamental à evolução humana.

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem!”. O que seria de nós sem a paciência do Cristo e da Hierarquia?


Sorria! O Sorriso iguala as pessoas.

sábado, 2 de outubro de 2021

SOBRE A SEPARATIVIDADE

 

“Existem muitos erros, falhas e pecadilhos na vida do homem, mas somente um grande pecado: a separatividade”. Eis aí uma das maiores verdades espirituais. Inevitáveis são as quedas do homem em busca da sua divinidade; mas, como tornar-se um Deus sendo separatista, se a essência da Divindade é a Unidade? Existem muitos seres e entidades individuais, de grande tamanho e poder, mas que jamais poderão ser chamados de Deuses, enquanto não voltarem purificados para o Seio do Absoluto, de onde partiram para a divina experiência na matéria. Um demônio nada mais é do que um potente ego separatista que, por eras e eras, se recusou a abdicar da sua individualidade e retornar à Casa do Pai, para dizer, assim como o Cristo: Eu e o Pai somos Um. O Livre Arbítrio não é uma concessão eterna. Mesmo Satã (a somatória de todas as consciências demoníacas), como diz a Bíblia Sagrada, tem uma permissão limitada de poder e existência. No dia “Sê Conosco” dos cristãos, no “Pralaya” dos Hindus, no final dos tempos das várias religiões, tudo, absolutamente tudo, deve voltar ao Seio do Absoluto, pois não existe lixeira no Universo. Até “a bactéria do cocô do cavalo do bandido” é Deus, pois nada existe fora Dele. O atual Universo é apenas mais um dos corpos de manifestação (entre uma infinidade de outros já criados ou ainda a serem criados) “DAQUELE SOBRE O QUAL NADA PODE SER DITO”, no Seu eterno ir e vir. Todo Universo possui o seu Manvântara (período manifestação) e o seu Pralaya (período de descanso). São os Dias e as Noites de Bhramam, como ensinam poeticamente os Vedas.

O homem precisa aprender, de uma vez por todas, que ele é apenas uma célula de um corpo maior, a Humanidade, a qual é apenas uma parte da Natureza, a bela veste de Deus, tantas vezes vilipendiada pelo egoísmo humano. A individualidade é apenas uma vaidade temporária, permitida ao homem pelo Pai, até que Seu filho cresça e assuma com responsabilidade o seu importante papel neste mundo: “Toda Natureza sofre dores de parto à espera da glória do filho do homem” – Bíblia Sagrada. Se, após um número suficiente de encarnações, um homem não superar a sua individualidade egoísta e se tornar uma parte da coletividade mundial, ele fatalmente se tornará um ser cada vez mais materialista, embrenhando-se mais profundamente, a cada nova encarnação, no caminho da “mão esquerda”, até se tornar um mago negro, um potente demônio, não só para a sua própria desgraça, como também para a desgraça de toda a Natureza. Muitos destes irmãos (sim, são irmãos temporariamente perdidos, como dizem os Mestres da Hierarquia) se perdem por aeons, às vezes em diferentes planetas, até que um dia, extenuados pelos sofrimentos causados a si mesmo e aos outros, eles façam como o Filho Pródigo e “se levantem decididamente”, para tomarem o caminho – agora ainda mais longo – de retorno â Casa do Pai, que com infinito amor e paciência o aguarda de braços abertos.

As Almas sempre evoluem em grupos. Todas as consciências pertencentes aos reinos inferiores ao Reino Humano (apenas em graus de evolução, já que todas elas são criações divinas) são partes de uma Alma grupal, que tem no seu centro um Deva (Anjo) como núcleo magnético e unificador. Ao chegar ao Reino Humano, pela primeira vez, uma consciência adquire o status de Alma individual e, depois de longo tempo, nos períodos finais da sua evolução  (após milhares de encarnações), volta a pertencer novamente a uma “Alma grupal” (palavra que somos obrigados a usar, na falta de outra melhor e mais significativa), bem mais evoluída, como um Discípulo Aceito no Asharam de um Mestre Ascencionado. Este pertencimento ao Asharam de um Mestre não significa a perda da individualidade, mas a torna uma “Unidade Isolada”, um paradoxo difícil de ser compreendido por um não Iniciado. Assim como um Deva, nos reinos sub-humanos, um Mestre é o núcleo magnético e unificador desta “Alma Grupal”. Neste período, com a ajuda do Mestre, o homem passa por várias Iniciações, menores e maiores, quando então deixa o Reino Humano e passa a fazer parte do Reino Espiritual, como um membro menor da Hierarquia Espiritual da Terra. Bem mais tarde, este novo Ser Iluminado (que deixou o Reino Humano há muito tempo atrás) passa ao Reino Monádico (das Mônadas – Espírito), para finalmente, depois de uma caminhada de milhões de anos (o tempo, uma ilusão da mente, não existe na Eternidade), adentrar o Reino Divino e dizer como O Cristo: “Eu e o Pai somos Um”.

Dá para ver, meu irmão, como a humildade é uma virtude imprescindível à evolução humana? Trabalho amoroso, Perseverança e Fé, eis o tripé que sustenta a evolução do homem. Todo resto são apenas “Vaidades, vaidades, nada além de vaidades...” – Salomão.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.