SOBRE O MEDO

 

Muitas pessoas sentem vergonha dos seus medos. Isto nem sempre deveria ser assim. Todos, sem exceção, possuem uma certa quantidade de medo, mesmo que seja um inconsciente medo atávico, oriundo de encarnações passadas, seja no reino humano ou no reino animal (como parte de uma Alma grupal animal, antes de se tornar uma Alma individual no reino humano). Além do mais, uma certa quantidade de medo é inevitável no atual estado evolutivo do homem. O importante não é não ter medo, mas sim não se deixar ficar paralisado por ele.

Muitos dizem que o medo abre as portas para forças maléficas, mas isto não é realmente assim. O que verdadeiramente ocorre é que medos exagerados adoecem os corpos astral e mental, enfraquecendo assim a vontade e a confiança em si mesmo. É este enfraquecimento da vontade e da confiança em si mesmo (assim como também da falta de fé nas forças espirituais internas e externas), que cria uma oportunidade para as atentas forças involutivas, dentro ou fora de cada um. Jamais esqueçamos que, dentro de cada homem, existe não apenas uma Alma, mas também um Morador do Umbral (a personificação da somatória de todos os erros, defeitos e crimes cometidos por ele em centenas e centenas de encarnações passadas). Todo bem adquirido em centenas de vidas é armazenado na Alma e todo mal no Morador do Umbral.

Muitas vezes, o medo ou a falta de controle sobre ele, causam hilárias situações, como esta contada por um Mestre da Hierarquia Espiritual da Terra: “Certa vez, Eu resolvi acatar os muitos e constantes pedidos de um grupo de ingênuos devotos Meus, que quase diariamente se encontravam para invocar a minha Presença. Após formar um mayavirupa (literalmente corpo de ilusão; formado por átomos da atmosfera, através da poderosa Vontade e Poder de um alto Iniciado) no centro da sala, para um grande divertimento Meu, o grupo atabalhoadamente se desfez, uns saíram correndo pela porta e outros saltando pela janela. Ao aproximar-me do um único devoto, que não havia fugido desesperadamente, constatei que o coitado ficara paralisado pelo medo, num estado cataplético”.

Eu mesmo (como ego), devido a um medo irracional, já atrapalhei um contato maior com minha Alma no plano físico. Certa vez, em um período muito difícil, após a separação da minha primeira esposa, logo após a minha meditação diária, um ponto de luz se formou a alguns metros dos meus olhos. Logo este ponto foi-se expandindo em uma fortíssima luz branca, cada vez mais forte, até que assustado eu gritei bem alto: Pai, Pai, assim eu vou ficar cego! A Luz então voltou-se a concentrar em um ponto e desapareceu. Também contei no artigo “Sobre Milagres – um Êxtase”, a vez em que um medo (e logo após, um momento de muita coragem) possibilitou-me o mais rico momento da minha vida.

Na maioria das vezes o medo é causado por um embrião de uma grande virtude – a imaginação. Todo o Universo, com os seus quatrilhões de minúcias, é uma criação da  “Imaginação” da Divina Mente. Deus primeiro “Imaginou” o Seu Universo e depois convocou através do som – um Mantra – Anjos e Arcanjos (os Elohins da Bíblia Cristã) para materializarem aquilo que foi Imaginado. “E no princípio era o Verbo...”

Como ensina a Sagrada Gnose: “Assim acima como embaixo”. Eis como um Mestre e outros Iniciados, assim como o homem em um grau bem menor, usam a meditação ocultista para ajudar o Paizão Maior na sua ainda inacabada Obra Universal. Por isso, por ainda estarmos incompletos e em evolução, é que existe o mal, o qual é apenas uma temporária falta do bem.

O medo é apenas uma ignorância inevitável no atual grau de evolução planetária. Somente a mente humana e a incipiente mente animal são capazes de sentir medo. É uma sadia imaginação do ego que, a certa altura, permite o homem construir o Anthakarana – a ponte que liga o ego à sua Alma.  

Só para finalizar, Alice Bailey (uma Iniciada), que transcreveu os livros do Mestre Djwall Khull, na sua autobiografia, disse que tinha um certo medo do escuro e só conseguia dormir sob a luz de uma fresta de janela ou de uma fraca lâmpada de cabeceira.

Aceitemos com coragem e bom humor nossas passageiras limitações. Afinal, até os Iniciados ainda possuem um certo grau de medo.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

BRINCANDO

 

Quando soar a hora

E a minha mãe me chamar

De volta para casa

Não quero ser visto

Como aquela criança, nem triste nem alegre

Sentadinha num canto do jardim

Esperando o tempo passar...

Quero estar suado e alegre

Em meio do ruidoso bando

Despreocupado da vida e da hora

Quando a minha mãe me chamar...

Quero estar cansado e com os joelhos ralados

Aceitando, por dentro, o inevitável da hora

Mas, por fora, protestando como toda criança

Que não se cansa de brincar...

Pois, como sabe toda criança

A vida foi feita para brincar

Embora todo adulto teime em dizer

Que a vida foi feita para trabalhar

Para ganhar, para acumular

Sempre com medo de faltar...

Quando soar a minha hora

E a minha mãe gritar o meu nome

Quero estar bem cansado e doído

Mas com um imenso sorriso nos lábios

Por ter levado a vida

como uma brincadeira séria

Não como um trabalho enfadonho...

Quando a minha hora chegar

Que ela me encontre como criança

Mesmo que o meu corpo seja o de um velho

Pois a vida não é um trabalho enfadonho

A vida é uma brincadeira séria...

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas

SOBRE O EGO, A ALMA E A MÔNADA

Em diversos artigos anteriores, eu escrevo sobre esta Tríade que compõe o Homem Total. A dificuldade maior para se compreender este tema está na incapacidade do homem comum em compreender ou aceitar a existência de outras dimensões. Normalmente ele aceita e compreende apenas as três dimensões – altura, largura e profundidade – mais o tempo, equivalente à quarta, onde vive o ego (corpos físico, astral e mental), com o qual se identifica. Na verdade, além destas dimensões onde vive o ego, existem as dimensões espirituais, onde vive a Alma e as dimensões divinas onde vive a Mônada (Espírito). Hoje em dia, todas as teorias científicas sérias da física moderna para explicar a realidade, incluem necessariamente a existência de outras dimensões não registradas pela mente concreta do ego. Tentemos explicar este tema ainda tão difícil para muitos, de um novo ângulo, tentando assim despertar a intuição existente em cada um. Conto com que, quem lê este artigo já tenha lido pelo menos alguns dos meus artigos anteriores, ou já tenha um conhecimento mais robusto encontrado em outros estudos mais avançados. Muito bem! Vamos Lá!

Há dezoito milhões e meio de anos, quando o primeiro componente de uma Alma Grupal do animal mais inteligente da época, se descolou do seu grupo e se tornou uma Alma Individual – um homem – foi inaugurado na Terra o reino humano. Antes disso, existiam no plano físico do planeta apenas os reinos mineral, vegetal e animal. Mas, o que é realmente a Alma humana e em que consiste a sua natureza?

A Alma humana é uma “partícula”, um “átomo”, doado por um Anjo Solar a uma criatura animal terrestre, para que ele possa se tornar um ser humano. Esta “partícula”, que se tornará uma Alma humana, é depositada no 3º subplano do plano mental (como sabem, cada plano – dimensões –  é dividido em sete subplanos). Ali esta “partícula” é envolvida por uma “capa” de matéria deste subplano do plano mental, tornando-se um ovoide quase transparente, com um diminuto ponto de luz no seu centro (como visto pelo olhar clarividente), ou seja, o princípio da construção do Corpo Causal – o Corpo da Alma, que no futuro se tornará um pequeno sol, de extrema beleza.

No começo, o Corpo Causal é apenas um minúsculo ponto de luz, quase imperceptível, cercado de matéria mental, formando um ovoide incolor. Com o passar de milhões de anos, em muitos milhares de encarnações, aos poucos, este Corpo vai crescendo em tamanho, em luz e em cores. Este “tamanho”, esta “luz” e estas “cores” (precisamos aqui de uma linguagem figurada, para tentar explicar o abstrato para uma mente concreta), vão crescendo, aumentando e se tornando mais belos a cada nova encarnação, devido às vivências e aprendizagens do homem, ou seja, a Alma Humana cresce um pouco mais a cada nova vida, encarnada em um veículo material – o ego – este sim “pó que ao pó voltará”.

Simbolicamente falando, em 1.000 vidas (na verdade é muito mais), 900 são passadas na Câmara da Ignorância, 90 são passadas na Câmara da Aprendizagem e 10 são passadas na Câmara da Sabedoria. Na Câmara da Ignorância a evolução é extremamente difícil e lenta. Na Câmara da Aprendizagem a evolução é um pouco mais fácil e mais rápida. Já na Câmara da Sabedoria a evolução é bem mais fácil e bem mais rápida. Isto acontece porque, na Câmara da Sabedoria,  os egos já são mais maduros e de um calibre muito maior; mais cooperativos e mais conscientes da Alma, procurando seguir mais a Sua Vontade, do que a sua própria vontade (ao contrário das encarnações nas outras duas Câmaras).

Novamente falando simbolicamente, o homem começa a sua evolução com 99% de Ego e 1% de Alma e vai mudando estes números com o decorrer do tempo, a cada nova encarnação. Depois de muitas vidas sob um férreo e “egoísta” comando do ego, chega uma vida em que o homem nasce com 51% de ego e 49% de Alma e morre com 51% de Alma e 49% de Ego. Isto só acontece depois de muito trabalho, muitos erros e sofrimentos, quando o homem, finalmente, assim como o Filho Pródigo da Bíblia Cristã, diz: ”Levantar-me-ei e tornarei à Casa do meu Pai”. Inicia-se assim, agora sob uma influência maior da Alma, uma série de vidas de uma séria e consciente busca espiritual, que finalmente levará o homem de volta à Sua Origem.

Depois de milhões de anos de evolução, na 3ª Iniciação, o Ego é “absorvido” pela Alma. Na 4ª Iniciação a Alma “morre” pela primeira e única vez, quando é “absorvida” pela Mônada. Finalmente, na 5ª Iniciação o homem se torna um Mestre Ascensionado, um Homem Total, liberto de todas as peias deste nosso pequenino planeta.

Ao se “Iluminar”, um Mestre fica livre desta Escola Primária chamada Terra e tem que escolher um, entre os sete Caminhos a Ele oferecidos. Seis destes Caminhos levam a Escolas mais adiantadas, entre bilhões de Orbes mais evoluídos do que a Terra. Apenas em um dos Caminhos, em grande sacrifício, um Mestre continua na Terra, como um elevado Membro da Hierarquia Espiritual da Terra, sob o comando do primeiro homem a se “Iluminar” (e por isso a alcunha – O Primogênito) e tornar à Casa do Pai: nosso amado Irmão Maior – O Cristo.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas. 

PENSAMENTOS SOLTOS 122

 

“Na metade do século passado, Mahatma Gandhi fez uma greve de fome, devido ao tremendo caos em que estava Índia, causado pela guerra entre hindus e muçulmanos. Quando estava muitos dias sem comer, quando já bastante enfraquecido, deixando toda Índia em agonia e preocupação, um hindu raivoso conseguiu vencer os seguranças e penetrar no quarto onde estava Gandhi. Em meio ao grande alvoroço, este homem desesperado jogou-lhe um pedaço de pão e gritou: Coma! Eu sei que vou para o inferno, mas não quero ser responsável por mais uma morte. Ao contar ao Mahatma a sua terrível história, na qual ele havia matado uma criança muçulmana, estraçalhando lhe a cabeça contra a parede, calmamente Gandhi lhe disse: Você não precisa ir para o inferno. Adote uma entre os muitos milhares de crianças muçulmanas, que ficaram órfãos nesta guerra, e a crie como verdadeiro filho, contrabalançando assim o vosso carma. Gandhi sabia que espiritualmente, não existem estes relacionamentos humanos de pai e filho, de esposo e esposa, etc. etc. Todos os homens e mulheres são muito mais do que seres humanos, são Almas irmãs, que não sabem o que é separatividade e que, por isso, o que se faz a uma, se faz a todas. De nada vale o remorso, enquanto não se faz um movimento contrário ao erro cometido.”

“As pessoas estão sempre à procura de prazeres e felicidade. Não há nada errado com isso, a não ser investir apenas em felicidades e prazeres materiais, achando que eles só podem ser encontrados na matéria, seja ela física, astral ou mental (os planos físico, astral-emocional e mental são considerados planos materiais pela Gnose e por todos aqueles que verdadeiramente sabem...). Não existe prazer ou felicidade maior do que aliviar o sofrimento de um irmão! E, isto pode ser uma coisa muito viciante. Na segunda guerra mundial, um tcheco chamado Schindler (ver o filme: A lista de Schindler), obteve muito sucesso negociando com os nazistas. Adulto jovem, na casa dos quarenta anos e muito rico, Schindler gastava o seu dinheiro em festas e mulheres, principalmente jovens e bonitas judias, as quais eram presas fáceis, devido à pobreza e perseguição em que eram obrigadas a viver sob a tirania nazista. Na convivência com estas mulheres, Schindler, sob escusos propósitos, começou a ajudá-las e aos seus parentes a se livrarem das prisões e perseguições dos alemães. No começo, Schindler fazia estas boas ações apenas por egoístico interesse mas, com o passar do tempo, ele “viciou-se” com o prazer de ajudar às pessoas, a ponto de gastar toda a sua fortuna, subornando oficiais alemães, no intuito de salvar o máximo possível de judeus. No final deste belo filme – A lista de Schindler – este herói do povo judeu (que não era judeu), aparece tentando subornar um oficial nazista, para libertar um último judeu, com o único bem que lhe restava, o seu relógio de pulso. É... não existe nada mais viciante do que o amor ao próximo!”

“Não se enganem meus irmãos! Há muito bem sendo feito no mundo. Agora mesmo, em vários lugares do planeta, o bem espalha uma camada sutil de amor, que como uma benigna névoa, permite que possamos respirar em um planeta tão denso como a Terra. O sol continua, inexoravelmente, o seu trajeto acima das nuvens escuras, esperando calmamente o tempo de brilhar novamente. Por que temos a sensação de que o mal está a vencer o bem? Porque vivemos em plena Kali Yuga – a idade das trevas – quando ao mal é concedido muito poder, para que assim a humanidade possa aprender lições, que só podem ser aprendidas em condições muito difíceis. Outra forma de enxergarmos esta realidade é encontrada nas antigas escrituras hindus (muito mais antigas do que as escrituras cristãs), que nos ensinam que a humanidade evolui em ciclos de maior ou menor dificuldade, quando é maior a quantidade do bem do que do mal e vice-versa. Os Vedas nos dizem que alternam-se a Idade de Ouro, quando há 75% de bem e 25% de mal; a Idade de Prata, quando há 50% de bem e 50% de mal; e a Idade de Ferro (ou Kali Yuga), quando há 75% de mal e 25% de bem. Também é dito que a Idade de Ouro sempre dura mais tempo do que a de Prata que, por sua vez, dura mais tempo do que a de Ferro. Nunca existe um período de puro bem ou um período de puro mal. Mas uma coisa é certa: Não existe período de maiores ensinamentos e maiores oportunidades de evolução do que a Idade do Ferro. Por isso, quando ao mal é dada uma liberdade maior, nunca pode deixar de existir uma maior ajuda espiritual; em um  período de maior sofrimento e aprendizagem. Sabendo desta verdade, cinjamo-nos com as armas do bem e, com muita fé nas ajudas dos nossos Irmãos Maiores, lutemos, assim como Arjuna (sugiro a leitura do Bhagavad Gita – uma das mais importantes escrituras religiosa e espiritual produzidas pela humanidade), em busca não só da nossa iluminação, como também da iluminação dos nossos irmãos de caminhada, na longa e difícil senda, que nos leva de volta à Casa do Pai.”

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.        

SOBRE A ALMA II

 

Em primeiro lugar, devo avisar que este artigo será de difícil compreensão para aqueles que não vêm acompanhando os estudos no blog – em centenas de artigos e pensamentos soltos – nestes últimos seis ou sete anos. Isto é inevitável, pois à cada aprofundamento espiritual, maior é a necessidade de matéria mental abstrata (matéria do mental superior, que compõem os três primeiros subplanos do plano mental – pertencente à Alma – enquanto os quatro últimos subplanos pertencem ao ego). Assim, como um músculo, a mente também precisa se exercitar para crescer e se fortalecer cada vez mais. Ninguém jamais se arrependerá do esforço na busca por maior conhecimento.

Uma das verdades mais importantes, trazidas pela Nova Era de Aquário, é o fato da realidade do Deus Imanente em cada um (Alma, Eu Superior, Deus Interno etc. etc.), além da realidade do Onipotente e Onisciente Deus do Universo. Tentemos mais uma vez simplificar este tema tão misterioso e tão querido, mas ainda tão abstruso, para a mente concreta do ego:  Mas, o que ou quem é realmente este Deus Imanente – a Alma?

A primeira coisa a se saber sobre a Alma é que Ela é o elo de ligação entre o Ego e a Mônada (uma partícula puríssima de Deus, igual a Ele em essência, porém não em potência). Os três: o Ego, a Alma e a Mônada, compõem o Homem Total, o verdadeiro Filho de Deus. Todos os três são permeados pela Energia Divina, porém em quantidades bastante diferentes. O homem comum é basicamente (não totalmente) ego, enquanto um Mestre Ascensionado é apenas Mônada (Espírito), embora Ele possa construir corpos, físico e outros, para se manifestar nos planos físico ou sutis.

Muito bem, comecemos do começo... Há Alguns bilhões de anos, o Logos Terrestre, o nosso Deus Planetário (Um entre outros bilhões de Deuses Planetários a evoluírem no Universo), resolveu encarnar no Plano Físico Universal. O Plano Físico do Universo é composto de sete planos (dimensões), cada um deles divididos em sete subplanos, assim: 1º Plano – Plano Divino; 2º Plano – Plano Monádico; 3º Plano – Plano Átmico; 4º Plano – Plano Bhúdico; 5º Plano – Plano Manásico (Plano Mental, dividido em duas partes: Mental Abstrato ou Mental Superior – pertencente à Alma e Mental Concreto ou Mental inferior – pertencente ao Ego); 6º Plano – Plano Astral e 7º Plano – Plano Físico.

Acontece que não existe mágica no Universo, apenas coisas ainda incompreensíveis pela pequena mente do homem, no seu atual estágio evolutivo. Assim sendo, o Deus do nosso planeta, o Logos Terrestre, para se manifestar nos Planos Inferiores, precisa de veículos (corpos) em cada um desses sete Planos do Plano Físico Cósmico, ou seja: os Planos Divino, Monádico, Átmico, Bhúdico, Manásico (Mental), Astral e Físico.

No primeiro Subplano do Plano Físico Cósmico – o Plano Divino – o Logos é ainda indiferenciado, apenas um “Mar de Fogo”, como citado na Bíblia. No segundo Subplano Cósmico – o Plano Monádico – o nosso Logos Planetário começa a criar Partículas de Si Mesmo, as Mônadas. Agora, MUITA ATENÇÃO NISTO!  No terceiro, quarto e quinto Subplanos do Plano Físico Cósmico, ou seja, os Planos Átmico, Bhúdico e Manásico (Manas = Mente), a Mônada ou Espírito constrói aquilo conhecido pelos esoteristas como a “Tríade Espiritual” ou “Personalidade Espiritual”, composta de três corpos: Átma-Bhudi-Manas.

Agora, MAIS ATENÇÃO AINDA! Acontece que a Mônada, a puríssima Faísca Divina (lembremos que o nosso Logos Planetário também está em evolução e, por isso, ainda não é completamente perfeito como o LOGOS de todos os Logos), não consegue “descer” mais do que do terceiro subplano do Plano Mental. Por isso, com ajuda de altíssimas Entidades Extraplanetárias (Tudo é Uno no Universo), a Mônada, imitando o nosso Logos Planetário (quando as criou), cria e lança no 3º Subplano Mental (o mais baixo do Mental Abstrato), uma Partícula de Si Mesma: uma Alma Individual no Reino Humano ou uma Alma Grupal, nos três Reinos inferiores ao humano.

Agora, NÃO PERCAM O FOCO! Do 3º Subplano Mental, a Alma (imitando a Mônada), para experenciar os cada vez mais densos mundos materiais, cria o Ego, composto de matérias do plano mental inferior (dos últimos quatro Subplanos Mentais), dos sete Subplanos Astrais e dos sete Subplanos Físicos (compostos de matéria sólida, líquida, gasosa e mais quatro tipos de matéria etérica, cada vez mais sutis). O homem comum, muito erradamente, se identifica apenas com o seu corpo físico e, os mais evoluídos, com os seus corpos emocional e mental. O Verdadeiro homem não é o Ego e nem mesmo a Alma! O VERDADEIRO HOMEM É ESPÍRITO. “Eu faço o homem à MINHA IMAGEM” – Bíblia Sagrada.

Como dito no artigo anterior, “O Eterno Movimento”, tudo está em movimento no Universo, começando com a Consciência de um átomo; que busca a Consciência de uma molécula; que busca a Consciência de uma célula; que busca a Consciência de um órgão; que busca a Consciência de um corpo; que busca a Consciência de uma mente; que busca a Consciência da Alma; que busca a Consciência da Mônada, esta sim, uma Partícula da Consciência Divina.

Qual é então a obrigação do homem? Ao homem cabe buscar evoluir cada vez mais a sua Consciência, através da aquisição de matéria mental dos níveis superiores, do serviço altruísta e do amor a toda natureza, não apenas ao seu Eu Superior ou aos seus semelhantes. Jamais esqueçamos esta verdade: O HOMEM SE ENCONTRA NA METADE DO CAMINHO ENTRE A PEDRA E DEUS, NA SENDA DE RETORNO À CASA DO PAI.

 

P.S - O que torna o ego mais espiritualizado é o contato com sua própria Alma e significa exatamente isso: possuir alguma matéria dos 3º, 2º ou 1º subplanos do plano mental abstrato, onde a Alma possui o Seu corpo – o corpo causal. O Anthakarana – a ponte que une conscientemente o ego à sua Alma – é construído pelo ego (entre o 4º e o 3º subplanos mentais, com ajuda da sua própria Alma e de outros Seres Espirituais, que passaram antes pelo Reino Humano ou de Seres do Reino Angélico, um Reino paralelo ao Reino Humano). Um dos principais objetivos da meditação ocultista, juntamente com o serviço e o amor ao próximo  (sendo o próximo todos os outros Reinos da Natureza), é exatamente este: a construção do Anthakarana. Todos os Discípulos e Iniciados já têm esta ponte construída em um maior ou menor grau.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas

ETERNO MOVIMENTO (Outro nome de Deus)

 

Tudo está em movimento no Universo. A nada ou a ninguém é permitido parar, por um segundo sequer. Mesmo na pedra, que parece inerte aos olhos, trilhões de átomos e subpartículas movem-se caoticamente quase à velocidade da luz. Até mesmo gigantescos sóis e planetas percorrem em altas velocidades os seus caminhos cósmicos, traçados por AQUELE SOBRE O QUAL NADA PODE SER DITO – O LOGOS de todos os Logos, O DEUS de todos os Deuses.

Para onde estamos indo? Isto, não sabe nem a mais brilhante estrela do céu! Como então, poderia sabê-lo o homem, apenas uma humilde célula no corpo de um Logos Planetário? Mas uma coisa todo homem pode e deve saber: a sua relativa importância na composição do Universo e o seu dever e a sua responsabilidade na composição do Todo. Nenhum minúsculo átomo é criado em vão e, certamente, a ele é dada a sua minúscula tarefa, assim como ao sol é dada a sua maiúscula missão. Como poderia o homem, que se encontra na metade do caminho entre a pedra e Deus,  nascer sem um objetivo específico, só a ele destinado? Cada partícula do “tudo”, assim como o mais humilde de todos, possui o seu Dharma (o objetivo de uma Alma grupal – nos reinos inferiores ao humano – ou de uma Alma individual – nos reinos humano e acima). Deus está em tudo! “Depois de permear tudo com uma partícula de Mim Mesmo, Eu permaneço” – Bhagavad Gita.

Não só a matéria – prótons elétrons e neutrons – está em movimento. A consciência humana ou de outros seres não-humanos também está. Toda consciência, desde consciência de um átomo, até a consciência de um sol, está em constante movimento “para cima”, em direção à Fonte de onde partiu. Sim, até o Deus do nosso planeta (Aquele no Qual nós vivemos, nos movemos e temos o nosso ser – Bíblia Sagrada), no Qual cada um de nós tem o seu lugar, move-se em direção ao Logos Solar, que move-Se em direção ao Logos Galáctico – da Via Láctea – que move-Se em direção a Aquele Sobre o Qual Nada Pode Ser Dito (como os Mestres e os esoteristas nomeiam o Absoluto). Nem mesmo a morte pode parar este movimento de volta à Fonte, pois a morte no plano físico (assim como em outros planos – dimensões – sutis) é apenas uma mudança para o plano superior logo acima – o plano astral (para o qual vamos todos os dias , ao adormecer, mas geralmente não nos lembramos de quase nada, por não conseguimos registrar nossas atividades no cérebro físico).

Todo esse processo citado acima é aquilo conhecido como “Evolução”. A nada ou a ninguém é dado o direito ou o poder de não evoluir. Mesmo aqueles que falham no cumprimento do seu Dharma (os objetivos da Alma para cada determinada encarnação), ou até aqueles que retrocedem repetidamente no caminho, durante várias encarnações seguidas, ao ponto de chegarem a se tornar um demônio, em um futuro – a aeons à frente- haverão de retornar, após muito sofrimento e aprendizagem, à senda de retorno à Casa do Pai. Pois, o amor do PAI é incondicional e ELE jamais abandona um filho Seu. Tudo, absolutamente tudo, até o maior demônio, é Deus! Não existe lixeira no Universo e, no futuro, bilhões de anos à frente, teremos um Big Bang ao inverso, quando tudo aquilo que foi ejetado de um único “PONTO” ao “PONTO” retornará.

No homem existem muitos erros e falhas, pequenas e grandes, mas há somente um grande pecado: o pecado da separatividade. Todo mal tem a sua causa primária na ignorância desta verdade absoluta. Tudo é uno no Universo e somente a estupidez de uma mente egoísta, pode pensar que pode separar-se da Consciência da Humanidade, a Qual é apenas uma parte  da Consciência Planetária, a Qual é apenas uma parte da Consciência Solar...

Se tudo é uno no Universo, o que seria esta “cola”, que mantém tudo junto? O que mantém tudo agrupado, em um “Magnífico Todo”, é o magnetismo da maior força universal: a força do Amor. Ao contrário do que pensa a maioria, o amor não é apenas um belo sentimento. No reino mineral, Ele é conhecido como gravidade. No reino vegetal, é Ele que permite a planta produzir e doar o alimento, que permite a sobrevivência de homens e animais. No reino animal, é ele que une fisicamente o macho e a fêmea, para a perpetuação da espécie e que também não deixa a mãe abandonar o filhote, pelo qual é capaz de doar a própria vida. No reino humano, é ele que deveria fazer com que o homem, não só perpetuasse a espécie, ou mesmo amasse apenas os seus parentes e amigos, mas que ele praticasse o Amor Ágape, que é o amor incondicional à toda natureza. Nos reinos superiores ao humano, onde vivem os Seres Espirituais, é o Amor Ágape, que Os fazem trabalhar, ou até mesmo se sacrificarem, para a redenção deste nosso sofrido planetinha cármico e de expiação chamado Terra.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.  

PENSAMENTOS SOLTOS 121

 

“Por favor, prestem bastante atenção nisto, porque é muito importante para o relacionamento Alma-Ego. Quando eu digo que a tristeza e a depressão, em seus vários níveis, é falta da luz da Alma, não é o que as pessoas geralmente interpretam. Realmente, é impossível a tristeza e a depressão quando um ego está vivendo sob a luz da sua Alma o tempo todo, assim como é impossível não ser tocado pela luz do sol em um local aberto, em dia sem nuvens. Mas, vejam bem, eu nunca disse que a tristeza ou a depressão é um castigo da Alma, por algum erro ou defeito do ego. Na verdade, uma Alma jamais deixa de irradiar a sua luz para o ego. O que acontece é que o próprio ego, por algum motivo, culpável ou não, cria uma barreira entre ele e a sua Alma. Por mais intensa que seja a luz do sol, muitas vezes ela não pode transpor uma massa de nuvens pesadas. É isso, muitas vezes, o que acontece com as pessoas, pois vivemos em um planeta cármico e relativamente atrasado. O nosso Logos Planetário (O Deus do nosso planeta) é apenas um dos bilhões de Logos – maiores e menores – a evoluírem no Universo. Por exemplo: É quase impossível que uma mãe não entre em depressão, ao perder um filho querido em um acidente qualquer. O que acontece é que a tremenda tristeza do seu corpo emocional, cria uma “nuvem escura” entre o plano (dimensão) emocional e os planos espirituais acima, onde vive a Alma. A Alma, do “céu” onde se encontra, tenta de todas as formas romper a nuvem escura formada pelo ego mas, na maioria das vezes, é preciso muita “chuva” para que a nuvem seja dissipada. Isto sempre leva algum tempo, dependendo da atitude do ego, mais do que da atitude da Alma, que jamais deixa de irradiar. Toda Alma sempre ama sem nenhuma restrição.”

“Existe hoje no mundo uma quantidade de informações – data – milhares de vezes maior do que há pouca centenas de anos. Como tudo na vida, isso tem um lado bom e um lado mau. Um perigo muito real, com alto grau de conflitos e separatividade (o pior mal que pode afetar a humanidade) é aquilo conhecido hoje como “bolhas”. As pessoas hoje, de acordo com as suas preferências, caráter e idiossincrasias, formam ao seu redor um núcleo exclusivista, onde só entram certos tipos de informações que lhes agradam. A noção maior da realidade, de outros pensamentos, escolhas e preferências é imediatamente rechaçada por uma mente cristalizada em apenas uma pequena parte da realidade, exclusivista e preconceituosa; com boa vontade apenas para informações de acordo com a sua “bolha”. Triste, muito triste, ver tantas brigas, rupturas e discórdias inconciliáveis entre irmãos, amigos, vizinhos e outros, por cada um respeitar apenas aquilo ou aqueles, que pertencem apenas à sua “bolha”. Quando, meu Deus, recuperaremos o nosso respeito às diferenças de escolhas e opiniões? Quando passaremos a enxergar o outro, não apenas como ego mas, principalmente, como Alma, com o direito de errar e acertar no seu inalienável direito ao livre arbítrio? Amemos mais e julguemos menos, eis a fórmula para o bem viver entre bilhões de seres, obrigados a viver juntos nesta aldeia global chamada Terra.”

“As pessoas preocupam-se mais com os efeitos físicos dos seus atos do que com os efeitos morais e espirituais. Por isso, prometem falsamente, mentem e usam baixos subterfúgios, para conseguir os seus objetivos (e isto, infelizmente, não acontece apenas com a maioria podre dos nossos políticos). Quanto mais sutil é o corpo, mais importante ele é. O corpo físico é mais efêmero e menos importante do que o corpo emocional, que é menos importante do que o corpo mental, que é menos importante do que o corpo causal – o corpo da Alma. Devido à Lei do Livre arbítrio, é possível em planetas materiais e menos evoluídos, como a Terra, que o menor – o ego –  “mande” e tenha preferência sobre o maior – a Alma. Por enquanto, neste nosso planetinha em evolução, nos planos materiais onde vive o ego e labuta a Alma, na maioria das vezes, o ego tem mais força do que a Alma (isto não acontece, é óbvio, nos planos mais elevados). Enquanto o ego, com pleno livre arbítrio, preferir escolher o material, ao invés do espiritual, a Alma, que jamais desrespeita a Sagrada Lei, aguarda pacientemente o bom senso do ego para agir mais livremente, não apenas quando surgem as raras oportunidades.”

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.