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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

SOBRE O DESPERDÍCIO



Lembrando o Mestre três vezes sábio - Hermes Trimegistos - iniciemos este artigo do universal para o particular: “Espírito é a forma mais sutil de matéria e matéria é a forma mais densa de Espírito. Tudo é vivo no Universo. Tudo é Deus em manifestação”, eis o que nos ensina a Gnose desde que o homem começou a pensar.

Se tudo é Deus, tudo é sagrado. Como então menosprezar a matéria, usando-a de forma errada e utilitarista, com desperdícios e sem gratidão à vida que nos é ofertada pelos reinos mineral, vegetal e animal? O planeta não foi feito apenas para o usufruto do homem, mas para a evolução de sete reinos, sendo três deles inferiores e três superiores. O homem é sim o reino mais evoluído dos quatro reinos físicos, mas isto não lhe dá o direito de tiranizar os reinos “inferiores”, assim como os reinos “superiores” - muito mais poderosos - não tiranizam o reino humano, ao contrário, se sacrificam por ele assim como pelos outros três.

O homem hoje vive de forma tão egoísta e materialista, que até os mais pobres ajuntam uma quantidade excessiva de matéria em suas casas. É absolutamente incrível como os barracos de qualquer favela da periferia são abarrotados com tranqueiras (miudezas das lojas de R$ 1,99 ou lixo descartado pelos mais ricos). Também as casas dos mais afortunados, geralmente com um gosto um pouco mais apurado, estão abarrotadas com “tranqueiras” ou excesso de objetos, guardados em quartos escuros ou relegados aos cantos menos nobres da casa, em quase total esquecimento, não fosse a atenção mensal da empregada.

Existe uma grande lei que controla todas as vidas que evoluem no nosso planeta: A Lei da Necessidade. Esta Lei diz que nada deve faltar à alma que evolui dentro da forma. É a quebra desta lei pelo homem, devido ao livre arbítrio (tolerado por certos períodos de tempo - aeons), que causa a miséria que abruma não só o reino humano, como também os reinos inferiores. O excesso de poucos é a causa da falta de muitos. Mas, ai daqueles que assim violentam a natureza: “Nem um fio de cabelo cai da cabeça do homem sem ser notado por Deus”. Carma anota todas as boas e más ações do homem, e cada desperdício é uma dívida anotada em letras de forma, a ser cobrada nesta mesma ou em futuras encarnações.

Como dito em vários outros artigos anteriores, a pobreza e a riqueza são professores do homem, e todo homem já foi, ou será, um rei ou um mendigo nos milhares de vidas necessárias à evolução, antes da libertação deste mundo e a volta à Casa do Pai. Usufruir dos presentes que a vida nos dá é bom e correto, mas o desperdício é um tapa na cara da Deusa Fortuna. Como ensinado por Jesus na parábola dos talentos, tanto o homem que multiplicou o talento a ele dado, quanto àquele que o perdeu foram recompensados; apenas aquele que desperdiçou a oportunidade, enterrando o talento, por medo de perdê-lo, foi punido.

Até as primeiras dezenas do século passado viviam e trabalhavam juntos, encarnados, na região da Cachemira, entre a Índia e o Paquistão, três Mestres da Sabedoria: Mestre Mórya, Mestre Kuthummi e Mestre Djawall Khul – O Tibetano. O primeiro, um príncipe Rajput, vivia em um castelo cercado de dezenas de criados. O segundo, um nobre indiano, vivia em uma imensa casa, com vários cômodos, nos quais recebia os mais nobres e os mais humildes habitantes do seu condado. O terceiro, o Mestre Tibetano, vivia em uma humilde cabana construída pelas próprias mãos. Aqueles que alcançaram a Maestria estão acima da riqueza e da pobreza, usando os bens materiais apenas para o serviço. Embora morassem em muito diferentes habitações, os três tinham uma coisa em comum: jamais desperdiçavam uma moeda de ouro ou um humilde pedaço de pão.


Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

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