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sábado, 27 de julho de 2019

O HOMEM ONDA E O HOMEM PARTÍCULA



Após centenas de artigos e pensamentos soltos publicados, com vários milhares de acessos, eu me pergunto se os meus verdadeiros objetivos estão sendo alcançados: o de não só despertar o interesse dos leitores para as “coisas” espirituais, mas, principalmente, tirá-los do comodismo de uma abordagem emocional da espiritualidade da passada Era de Peixes e incentivá-los numa abordagem mais mental da Era de Aquário. E, para que isso aconteça, é necessário que tudo aquilo, que foi dito e lido não fique estagnado apenas como belas ou sensatas palavras, mas que sirva também como motivação para maiores estudos e pesquisas. Deus já é bem conhecido pelo coração do homem, mas agora Ele precisa ser mais compreendido pela mente humana. A verdade de que Deus é muito maior do que tudo aquilo que possa ser concebido pela mente humana, não tira o dever de todo homem de buscar conhecer o máximo de tudo aquilo que a sua pequena mente possa abordar. É exatamente isto que fará com que o corpo mental se desenvolva e ajude o coração a se expandir na "vivência" de Deus. Tudo aquilo que chamamos de sabedoria, nada mais é do que o conhecimento “vivido”.

Aquele que leu alguns dos meus artigos anteriores em que toco no tema da física quântica e seguiu a sugestão de estudar (mesmo que superficialmente) um pouco dela, terá menos dificuldade em entender o que vem adiante. O temor de temas científicos considerados complicados (ou às vezes um pouco de preguiça mental), não deveria impedir ninguém de estudar esta ciência, que certamente é muito abstrusa nas suas profundezas, mas não o é em seus princípios gerais, os quais podem ajudar muito a compreensão de fatos antes considerados como “milagrosos”.

Todos nós já lemos ou ouvimos falar do fenômeno espiritual do Êxtase, seja através dos místicos e dos santos da antiguidade, passando pelos neoplatônicos (em uma carta de Porfírio ao seu mestre Plotino, ele pergunta o que o seu mestre tinha a dizer sobre os êxtases e “divinos contatos”, que muitos diziam ter tido. Plotino lhe respondeu que os êxtases, embora não muito comuns, de fato aconteciam e que ele mesmo já tinha experimentado um), até aos modernos iogues do oriente ou de místicos visionários do ocidente. Até mesmo através de pessoas muito comuns - como o humilde autor deste artigo - alguma coisa já foi dita a respeito deste tema ainda tão misterioso. Como já foi dito “O homem é uma gota no oceano de Deus”. O êxtase é apenas um momento em que esta gota perde a sua membrana separatista e se dissolve no Oceano, tornando-se uma onda no Infinito Mar. Este fenômeno ocorre todos os dias na vida do homem, quase sempre apenas durante o sono profundo, apenas não é registrado no cérebro físico, como acontece no êxtase de um maravilhado e abençoado homem acordado, no estado de vigília.  
Acabei de ler em um livro sobre a espiritualidade na nova era a descrição de um Êxtase, que o autor teve quando criança, a qual se parece muito com uma experiência que tive e que narrei no artigo “Sobre Milagres IV – Um Êxtase” (que sugiro relerem após lerem este artigo). Nela o autor conta, mais ou menos assim, a sua história: “Em um passeio que fazia com os meus pais, quando tinha sete anos, tive esta incomum experiência: Viajava sozinho no banco traseiro do carro da nossa família, com meu pai ao volante e a minha mãe no banco ao seu lado. Olhava distraído as paisagens que passavam pela minha janela, quando de repente comecei a “inchar”, até não caber mais em mim mesmo e nem dentro do carro. Logo após, vi-me fora do carro, observando os meus pais no banco da frente e o meu corpo assentado no banco de trás. Continuei expandindo-me até abarcar toda a planície e a estrada que a cortava. Depois saí do próprio planeta e expandi-me até aos confins da Via Láctea, de onde observava miríades de estrelas. Depois de algum tempo - que pareceu-me muito longo - voltei para a pequena prisão do meu corpo e vi que tinham se passado apenas alguns segundos. Esta experiência me marcou tão profundamente, que fez de mim, muitos anos depois, um pesquisador e escritor da Nova Era”. 

Essas experiências são muito mais comuns do que parecem e a maioria delas ficam guardadas para sempre no mais íntimo do ser por elas abençoado. Gostaria aqui apenas fazer um link entre a Teoria dos Campos da física quântica, a qual diz que não existe separação no Universo e que tudo aquilo que chamamos realidade, são apenas pequenas flutuações vibracionais passageiras em um infinito campo energético. Ela também nos diz que as subpartículas, que compõem todas as formas no Universo são duais; ora agindo como partículas, ora agindo como ondas. Esta mesma física quântica também nos diz que tudo que existe já é uma realidade neste infinito campo (Deus?). Ela também nos diz que tudo é apenas uma questão de probabilidades e, finalmente, que o que chamamos realidade é apenas “um colapso na função de onda” (na linguagem técnica da mecânica quântica) ou, mais simplesmente, uma “quebra” na trama energética deste campo, ocasionada pela escolha de uma consciência - seja ela humana, espiritual ou cósmica - neste Infinito Campo, que é Tudo que existe.  

Na minha humilde opinião a grande maioria  dos homens escolheu, por enquanto, ser uma partícula, a qual se sente orgulhosa e erradamente separada do Todo e por isso sofre e causa tanto sofrimento. Somente quando o homem voltar a agir como onda, não mais como partícula separada, poderá ele compreender ou vivenciar parte do Oceano Uno, que na verdade é tudo que Existe.

Sorria! – O Sorriso faz o homem agir como onda, igualando assim as pessoas.
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*Sugestões para um aprofundamento no tema:
- O Tao da física – Fritjof Capra
- Milagres do dia a dia – David Spangler

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