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sexta-feira, 19 de julho de 2019

SOBRE O EXCESSO



O homem nasceu para experimentar e, na dualidade Espírito-Matéria (ambos divinos), assim como nos pares de opostos que ela fomenta, o homem é obrigado a escolher. São nas corretas escolhas e nas dores das escolhas erradas (inevitáveis no atual estágio de desenvolvimento em que ele se encontra), que ele cresce e evolui. O mal não está nas inevitáveis falhas durante a aprendizagem por tentativa e erro sob a inexorável Lei do Carma (todo erro trás seu ensinamento), a qual  controla com mãos de ferro a vida do homem. O mal está no excesso!

Mas, não é o excesso relativo? Como saber quando estamos excedendo? Excesso não é apenas aquilo foge da cultura e do bom senso grupal de um povo e das leis da nação em que vive o homem, mas, principalmente, tudo aquilo que foge da normalidade ditada pela consciência de cada um. Diferentemente do julgamento humano que condena o homem pelos seus atos, é a intenção o mais importante nos julgamentos espirituais, pois como nos ensinou O Cristo: “O homem É tudo aquilo que pensa no seu coração”. O homem que pensa corretamente, mais cedo ou mais tarde, agirá corretamente.

Quando um homem vence em si mesmo os excessos de um vício ou desenvolve as virtudes do equilíbrio e da parcimônia, ele não beneficia apenas a si mesmo ou ao grupo dos que o rodeiam, mas também a toda humanidade, que cresce ou se ressente das atitudes de cada uma das suas células componentes.

Cada homem vive de acordo com o seu próprio grau evolutivo, o qual é bastante variado na humanidade. É preciso muita cautela (quando não for possível o silêncio) ao julgarmos nossos semelhantes, pois o que pode ser errado para um, pode não ser errado para o outro: É tudo mais uma questão da idade da alma do que da idade do ego.

 Não acredito que Jesus faria os milagres dos peixes ou da transmutação da água em vinho, se estivesse em uma comunidade vegana como a dos essênios, ao invés de uma sociedade local que ainda comia carne e se divertia sob as bênçãos de Baco. Ele, como um Iniciado de altíssimo grau, certamente sabia lidar com as muitas diferenças e idiossincrasias da humanidade da época. Yogananda, um Iniciado hindu de meados do século passado, que trouxe para o ocidente importantes ensinamentos espirituais do oriente e que era um simpaticíssimo “gordinho”, dizia - entre sorrisos de complacência - que ainda bem que os santos orientais não precisavam ser tão ‘’magrinhos’’ como os santos ocidentais (na Índia os gurus são sempre muito amados e homenageados em festas e banquetes, nos quais não experimentar um pouco de todos os pratos oferecidos é uma desconsideração).

É também preciso lembrar sempre, que muitas vezes o excesso de um é a falta do outro. Tudo aquilo que excede as necessidades de sobrevivência, do conforto ou da segurança da grande maioria, que ainda precisam da matéria para se sentirem felizes, torna-se mais uma maldição do que uma benção. Existem sim muitos ensinamentos nos prazeres; assim como nas dores, mas o excesso de qualquer um deles só pode trazer o fracasso.

Sigamos, pois, o “Nobre Caminho do Meio” ensinado pelo Bhuda, que nos guia seguros entre os abismos do excesso e da falta.

Sorria! O Sorriso iguala as pessoas.

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