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sábado, 3 de agosto de 2019

MACHISMO



São três os motivos que me intimaram a escrever este artigo: O primeiro são as angustiantes notícias de violências contra a mulher, as quais somos obrigados a assistir todos os dias nos nossos noticiários. O segundo é um livro da jornalista chinesa Xinran, “As boas mulheres da China”, que estou lendo. E o terceiro foi o significativo gesto (pela enésima vez nestes últimos anos) de uma mulher, que mudou-se para a calçada do outro lado da rua ao ver-me aproximando-me em sentido contrário (as ruas estão geralmente desertas nos meus horários matinais de caminhada) – fato que era apenas símbolo de coisas mais profundas.

Sei que este assunto vai incomodar muitos homens, principalmente aqueles cegos por um machismo atávico (o qual muito lentamente se esvai com a evolução), o que infelizmente ainda continua sendo um grande infortúnio para a maioria das mulheres desta nossa injusta humanidade. Sei também que vou generalizar, pois existem muitos homens sensatos, internamente bem orientados e justos, que escutam também o seu lado feminino (lado este presente em todo homem, mas infelizmente atrofiado por uma cultura machista chauvinista), que os protegem das injustiças cometidas pela maioria dos homens.

Não é só nas nações atrasadas do terceiro mundo que este mal mostra a sua cara, nem tampouco nas classes mais pobres e incultas das nações mais desenvolvidas; esta monstruosidade, que chega ao feminicídio, ataca a sociedade em todos os seus níveis. Embora o machismo mostre a sua cara abertamente no homem mais atrasado, ele também não consegue se esconder por muito tempo na hipocrisia do homem mais culto e “evoluído”, que tem a sua esposa como uma empregada de luxo e usa as mulheres como meros objetos. O altamente desenvolvido e mais “evoluído” ocidente, com os seus movimentados bares cheios de “Go Go girls” e seus humilhantes e degenerados filmes pornográficos, (vícios infelizmente repassados a muitas mulheres, que acham que para se igualarem aos homens têm que compartilhar dos seus defeitos), com salários desiguais entre os gêneros, assim como outros benefícios e privilégios ao gênero masculino, não tem o direito de acusar o oriente - pelo menos enquanto não vencer o seu camuflado preconceito contra as mulheres. O fato de muitos homens tratarem bem suas mulheres (coisa que deveria ser uma normalidade, não só com as mulheres, mas com todas as outras vidas da natureza) não os tira do dever de tratá-las com igualdade.

Enquanto as mulheres não confiarem nos homens, a insegurança as fará constantemente mudar o lado da calçada... Enquanto o medo, seja da violência física, da violência emocional, da insegurança econômica (tão inescrupulosamente usada pelo homem fraco) e tantos outros, estiver presente em um relacionamento entre homens e mulheres, o verdadeiro amor não poderá nascer; e mesmo que já tenha nascido, não conseguirá sobreviver. Quantos relacionamentos estão mortos, porém não desfeitos, por causa do medo, meu Deus? Quantos relacionamentos, que agonizam em direção a triste fim, poderiam ser salvos apenas com um sincero pedido de perdão e a firme intenção de aceitar a companheira como igual? Vaidades, vaidades, nada além de vaidades...

Eis uma verdade que a maioria dos homens e das mulheres ainda não sabe: A alma é andrógina. Embora ela possa ter um corpo masculino nesta vida, em outras vidas ela já possuiu um corpo feminino e certamente os terá novamente em futuras encarnações. A longa aprendizagem de uma alma às vezes necessita da energia masculina e outras vezes da feminina.

Finalmente, se é uma verdade que Deus é masculino e feminino, como Ele poderia aceitar menos do que a igualdade entre menino e menina?

Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.



2 comentários:

  1. Corretíssimo, eu fui vítima de violência doméstica por longos 35 anos, mas o medo e as ameaças me coibiam de qualquer atitude. E as queixas policiais eram tratadas com descaso e intolerância. Por quem? Os machistas delegados. Mas lutei e me libertei. Graças a Deus e aos ensinamentos do meu amado MESTRE SRIYOGANANDA.

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