EVOLUCIONISMO E CRIACIONISMO

Uma das mais ferrenhas batalhas entre a ciência e a religião é travada hoje entre os exércitos defensores do evolucionismo e os exércitos defensores do criacionismo. Os dois lutam por motivos corretos, assim como por motivos errados e a verdade se acha no meio do caminho. Enquanto o homem não se conscientizar de que religião e ciência são filhas do mesmo Pai, aspectos de um mesmo Todo, o mundo seguirá dividido, com cada lado produzindo seus fanáticos de mentes cristalizadas por meias-verdades.

Quando Darwin (um iniciado) proclamou a sua Teoria da Evolução - uma verdade divina para os planos materiais - ele estava correto. Quando os vários escritores dos livros sagrados (muitos deles iniciados) proclamaram a divina criação da natureza (e por consequência a do homem), outra verdade divina, eles também estavam corretos. Porque então a controvérsia? Porque todos eles captaram apenas uma parte de uma verdade maior e defendem a sua limitada porção como verdades absolutas.

Quando Darwin falou que o homem era descendente do macaco e depois disso a ciência moderna nos disse que a origem do homem era ainda mais antiga, que ele era descendente de animais unicelulares, eles estavam se referindo corretamente sobre o corpo físico do homem – um corpo animal. Quando o Cristo falou há dois mil anos, que os homens eram Deuses, Ele estava se referindo ao Espírito Imortal que habitava estes corpos mortais, veículos passageiros para a manifestação da Mônada (apenas um nome inadequado para uma Célula de Deus momentaneamente coberta pelo véu da matéria, para uma divina experiência).

Como dito e redito em dezenas de artigos deste blog, o Homem Total é um ser ternário, composto de Ego, Alma e Espírito (Mônada). O Ego é mortal e vive e morre milhares de vezes (como personalidade), recolhendo a cada encarnação experiências, que serão guardadas para sempre no corpo causal, o corpo da Alma. A Alma humana também não é imortal. Ela morre apenas uma vez, sendo absorvida pelo Espírito e assim vivendo eternamente Nele, ou ela se dilui em criaturas cada vez mais abjetas (verdadeiros demônios, quando muito antigas e experientes), até a sua total aniquilação (por processos incompreensíveis pelos não iniciados). Sim! É uma verdade que a imortalidade da Alma Humana não é inevitável, mas sim uma possibilidade grandemente almejada, não só pelo homem, mas por todo Universo “Toda a natureza aguarda a glória do filho do homem” – Bíblia Sagrada. Apenas o Espirito é imortal. Uma Alma só se torna imortal quando retorna ao “Seu Pai No Céu”.

E então? O que acontece com uma Mônada quando Ela “fracassa” em trazer de volta a Alma, um raio de Si Mesma, emitido há bilhões de anos atrás, quando começou a “experimentar na matéria”? Primeiro a Mônada “encarna” como essência mineral, depois como essência vegetal, como essência animal e finalmente como essência humana, quando então, devido ao sagradíssimo livre arbítrio da Alma Humana, ela se separa do seu Criador. Eis aí um das ocorrências mais tristes do Universo: O campo foi desolado e a colheita perdida... e Chispa Divina retorna à Fonte de onde proveio: Deus – O Logos Planetário, que a enviou ao mundo para a Divina Experiência. Felizmente este acontecimento (a aniquilação de uma alma) é muito raro, e as Almas renitentes geralmente, quase sempre, aprendem depois de muito sofrimento, às vezes durante longos aeons... Mas, felizmente, o tempo é uma ilusão passageira, um piscar de olhos na Eternidade. Além do mais, esta Mônada “fracassada” retornará em futuros aeons (provavelmente em outros mundos), bem mais madura e experiente, com mais sabedoria na arte de viver sob o véu da matéria. Ela certamente evoluirá mais rapidamente e com muito menos erros (devido às experiências adquiridas no passado), não apenas para  a sua própria sorte, mas também para a sorte Daquelas outras Chispas Divinas, que iniciarão a Grande Jornada junto à uma Irmã muito mais experiente. Nenhuma experiência é relevada por Deus. Todo o Universo é composto de Amor e Compartilhamento e a separação só existe na ainda muito limitada consciência humana.

Que o amor e a aceitação possam unir ciência e religião... assim como o Protótipo na Mente Divina.

Sorria! - O Sorriso iguala as pessoas.