Uma das coisas mais difíceis no
caminho espiritual é que assim que decidimos segui-lo, nos são retirados os
amortecedores emocionais e mentais, criados subconscientemente pelo ego, para
permiti-lo viver sem culpa, em meio aos defeitos adquiridos na atual encarnação
ou em encarnações passadas. Até que aprendamos a nos perdoar, é muito difícil conviver
com este monstro – o morador do umbral – que nós mesmos criamos e que teremos
que transmutar, antes de podermos avançar mais na senda. Além disso, são-nos
retirados também muitos véus, que encobrem as personalidades dos nossos irmãos,
e não é fácil nos abstermos de julgar. Sem o amor, a compreensão e o perdão
seriam impossíveis a convivência e os resgastes cármicos necessários à evolução
conjunta de grupos, criados há muitos milhares de anos e que devem evoluir
unidos, por um objetivo comum.
As almas evoluem quase sempre em
grupos e, sempre que possível, a grande Lei do Carma procura colocá-los juntos
em determinadas encarnações. Quase nunca é possível encarnarem-se ao mesmo
tempo todos os membros de um mesmo grupo. Muitos permanecem nos planos sutis,
aprendendo outras lições, aguardando novas oportunidades de encarnarem
novamente junto ao seu grupo. É também muito comum uma alma de outro grupo encarnar
em uma determinada família que não a sua, para aprender certas lições ou
adquirir alguma virtude faltante ao seu grupo, para depois dividi-las com os
outros membros. O mais importante é saber que, no fundo, somos todos membros de
uma mesma família – A Humanidade – e que somos todos filhos do mesmo Pai.
As almas componentes de um grupo
não nascem todas ao mesmo tempo e, embora não tenham idade na eternidade,
certamente elas têm uma “idade” no tempo. Uma alma pode ser considerada mais
“velha” por possuir um número maior de encarnações, embora isto nem sempre
signifique mais sabedoria. Dentro de uma mesma família, existem almas com um
número maior de encarnações e que por isto podem ser consideradas almas mais
“antigas”. Em um mesmo grupo, existem almas que já encarnaram mais vezes com
umas do que com outras. Clarifiquemos com um exemplo:
Em uma hipotética família de sete
irmãos de ambos os sexos, o irmão A já encarnou 8.428 vezes, o irmão B – 7.469,
até o irmão G, a alma mais “jovem” (não obrigatoriamente o membro com menos
idade física) o qual encarnou apenas 4.753 vezes. Os irmãos A, B e C, as almas
mais “velhas”, já encarnaram juntas 6.278 vezes, os irmãos D e E 3.869 vezes e
os irmãos F e G 2.639 vezes. Várias outras combinações entre estes sete membros
também já ocorreram, em muitos milhares de anos, desde a primeira encarnação de
cada um. Isto explica uma maior ou menor afinidade entre elas ou mesmo as
grandes “brigas” e menores desentendimentos, devido a competições e velhas rusgas
de vidas passadas. Finalmente, todas elas juntas já encarnaram 2.564 vezes. Além disso, todos podem ter tido outros graus de parentesco além de irmãos - pais, mães, cônjuges, etc.
A verdade da condição humana só
será compreendida pelo homem, quando ele aceitar a possibilidade da
reencarnação e que ele é muito mais do que a personalidade da vida atual. Outra
coisa, também fundamental, é saber que ele não é um indivíduo separado, mas uma
célula de um corpo muito maior – A Humanidade.
Nenhum homem vive apenas para si.
Ele vive também para o seu grupo familiar... Para o seu grupo nacional... Para
a humanidade... E finalmente, para o seu grupo maior: A natureza.
E o que é a natureza, senão o
corpo físico do nosso Logos Planetário (O Deus do nosso humilde planetinha)?
Sorria! – O Sorriso iguala as
pessoas.
Família é a nossa escola maior, onde aprendemos as primeiras lições de amor, respeito, perdão e companheirismo.
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