A Via Láctea viaja a uma
velocidade gigantesca, cativa de uma órbita a um centro maior no Universo ainda
não descoberto pela ciência. O Sistema Solar demora mais de trezentos milhões
de anos para orbitar o centro da Via Láctea, cativo de uma força que não O
permite sair do seu já traçado caminho. A Terra, assim como os outros planetas
do nosso Sistema Solar, segue inexoravelmente há mais de quatro bilhões de
anos um caminho em torno do Sol, cativo de um traçado determinado por uma
força maior. O homem, vivendo dentro do nosso planeta, viaja a milhares de
quilômetros por hora acompanhando a Terra em seu trajeto, independentemente da
sua vontade. Existe então o livre arbítrio para qualquer ser, grande ou
pequeno, no Universo?
Tudo no Universo é relativo e o
livre arbítrio não foge a esta lei. Os dedos da mão têm certa liberdade de
movimento dentro da mão, a qual tem certa liberdade até ser limitada pelo
braço, o qual é limitado pela vontade maior do homem. Tudo é sempre parte de um
todo maior e o homem não pode fugir a esta regra. O homem é uma célula no corpo
da humanidade, a qual é um órgão importante no corpo de Gaia, a nossa mãe
Terra.
O mais importante a saber sobre
este tema é que o livre arbítrio só é possível com a autoconsciência, e aí está
a grande importância do homem na evolução do Universo. Sendo o homem o primeiro
estágio de autoconsciência, ele é o elo entre os três reinos subconscientes
(mineral, vegetal e animal) e os três reinos supra conscientes (Espiritual,
Monádico e Divino). Quando a Bíblia Sagrada diz que “Toda a natureza sofre
dores de parto a espera da glória do homem”, ela está colocando a verdade de
que os três reinos “inferiores” da natureza, sem autoconsciência, precisam da
consciência maior do homem para ajudar na sua evolução. Deus não é um “Mágico
Cósmico”. Ele criou uma corrente entre o maior e o menor, entre a Divina
Consciência e a consciência do átomo, para que pudesse ocorrer a magnífica
experiência do Espírito na matéria. Deus precisa não só do reino humano como
também dos outros seis reinos para a Sua Divina Experiência. Deus não poderia
“saber” o que é um diamante, uma maçã, um tigre, um homem, um Anjo, uma Mônada
(Espírito) se não “descesse” do Seu trono no plano Divino. É isto é que o
Bhagavad Gita (A canção do Senhor) quer dizer nas magníficas palavras de Sri
Krishna: “Depois de permear tudo que existe com uma partícula de Mim Mesmo, Eu
Permaneço”.
Verdadeiramente, o que importa
não é a quantidade de livre arbítrio que um ser de um dos quatro reinos
autoconscientes (Humano, Espiritual, Monádico e Divino) possui, mas como ele
usa a liberdade que lhe foi concedida. Estaria a humanidade sendo um elo
que recolhe as forças superiores e, depois de passá-las por seu corpo, as
repassa para os reinos inferiores? A divina energia do amor, que “desce” de
plano (dimensão) em plano fica em sua maior parte bloqueada pelo egoísmo
humano? Estaria o reino humano amando e cumprindo o seu dever com os irmãos do
mesmo reino e com o irmãos dos reinos inferiores como deveria? Estas são
perguntas que cada um deveria fazer a si mesmo na solidão do próprio coração.
Somente “NAQUELE SOBRE O QUAL
NADA PODE SER DITO” existe liberdade total. Todo livre arbítrio é limitado pelo
grau de consciência. Na Sabedoria Universal, liberdade está sempre ligada à
responsabilidade.
Afinal! Como anda usando o seu
livre arbítrio, meu irmão?
Sorria! – O Sorriso iguala as
pessoas.
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