“Há aqueles, muitos, que aguardam a morte com medo; aqueles que encaram a morte com preocupação e angústia; aqueles que aguardam a morte como fuga e, até mesmo, aqueles que encaram a morte com desdém. Eu aguardo a morte com a expectativa de uma criança a espera de uma viagem a um novo país: com os olhos, o coração e os braços bem abertos a uma nova aventura. Aguardo a morte como uma coisa que sinto não ser nova... com a sensação boa de uma lembrança feliz em um passado muito antigo... com uma paz bem escondida lá no fundo de mim mesmo, que não consigo explicar. Aguardo a morte com muita leveza e confiança, não por achar-me um homem bom ou espiritualizado, mas porque apesar das minhas muitas limitações, procuro sempre fazer o melhor posso com que a vida me deu. Aguardo a morte com a coragem de um guerreiro experiente, cheio de cicatrizes das batalhas ganhas e perdidas, sendo que as mais duras e as mais ferrenhas delas não foram lutadas contra as malesas do mundo, mas contra o mal dentro de mim mesmo. A morte é apenas um descanso, calmo ou agitado (dependo de como vivemos a vida), antes de novas batalhas, em novas vidas... até o momento do retorno, como um filho pródigo, ao Lar Paterno, de onde saímos para experienciar os mundos materiais. Aguardo a morte em paz, porque sei ser um Espírito imortal e não o veículo material, que momentaneamente uso para experenciar os mundos criados pelo meu Pai.”
“Eis um pensamento importantíssimo, quase fundamental para as pessoas desiludidas ou pessimistas em relação à humanidade: De acordo com a Gnose e os modernos ensinamentos da Nova Era trazidos pelos Irmãos Maiores, a humanidade continua evoluindo, embora pareça para muitos, que está involuindo, ou seja, andando para trás. Se colocarmos em um gráfico a evolução da humanidade, veríamos que a longo prazo, desde o homem das cavernas, a linha que mostra a evolução nunca deixou de subir em direção à perfeição, ou seja, ao arquétipo do homem na Mente de Deus. O que acontece é que a subida em direção a perfeição não acontece em linha reta, acontece em ondas, com suas cristas e depressões. Na visão de um Iniciado, não limitado pela visão de apenas uma geração, a linha está sempre em ascensão, embora haja muitos períodos de depressão na “onda” ascendente. Hoje em dia, o que para muitos parece ser uma degeneração irreversível da humanidade, é apenas um momento de depressão na subida, momento que vai passar, assim como já passaram milhares de depressões anteriores, desde que uma Alma individual se descolou da Alma grupal do mais inteligente animal da época, há dezoito milhões de anos atrás, e formou o primeiro homem, uma Alma individual com autoconsciência, qualidade fundamental , a qual separa o reino humano dos reinos abaixo dele. Confiemos na visão Daqueles, que sobre a montanha da Iniciação, enxergam abaixo toda a floresta, não apenas uma clareira cheia de árvores destruídas. Não se perturbem! Logo o tempo, este mágico sideral, transformará esta área destruída em mais um belo local, onde a beleza novamente surgirá.”
“As pessoas precisam entender, que a terceira idade é um período muito importante, não só para o idoso, mas para toda humanidade. Por quê? Porque é exatamente neste período final da vida, que existe uma maior possibilidade de um contato maior da parte espiritual do homem – seu Eu Superior ou Alma – com sua parte material – seu ego ou personalidade. Como ensina um axioma esotérico da Sagrada Gnose e como dezenas de vezes frisado nos meus artigos, tudo é energia no Universo e todos os tipos de matéria são apenas energias “congeladas”, como provado pela Física moderna. Mas como um idoso pode ajudar a humanidade? Apenas sendo! Sendo o quê? Aquilo que ele verdadeiramente é: uma Alma habitando um corpo físico, pois assim ele se torna um ponto onde as energias dos planos espirituais podem ancorar. São várias as maneiras de um idoso continuar sendo um membro útil e participativo na evolução da humanidade, mas darei aqui apenas duas: A primeira é agir de acordo com um dito específico do Mestre Djwall Khull: “A melhor forma de ajudar o mundo é irradiando”. O que a pessoa pode “irradiar” é apenas a energia da sua própria Alma, conseguida através de uma vida correta, bem vivida no amor ao próximo ou também através do esforço do ego em contatar seu Eu Superior, através de preces e orações sinceras e, para quem já é capaz, através da meditação. Ao contrário do que pensam muitos, a verdadeira meditação é um serviço à humanidade, mais do que um serviço a si próprio. Outra maneira de servir a humanidade é doando o seu tempo (quanto tempo desperdiçado em sentimentos de futilidade ou de autocomiseração, principalmente após a aposentadoria, meu Deus!) ou parte do dinheiro acumulado na vida, aos mais necessitados. Sempre há alguma coisa a fazer para minimizar a dor em um mundinho tão sofrido como o nosso. A questão é mais de querer do que de poder. E, neste assunto, muito poucos podem fazer mais do que um “velhinho do bem”.
Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.
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