“Ser rico ou ser pobre é apenas
uma condição de experiência em que a nossa Alma nos coloca em determinada vida.
É muito triste a constatação de que a grande maioria dos homens não entenda
isso e gasta a maior parte do seu tempo e trabalho em amealhar fortuna, muitas
vezes superior ao necessário e ao bem estar e gozo, seu e dos seus entes
queridos, principalmente da sua família, em total incompreensão às necessidades
do mundo. Como diz um ditado oriental, “o mendigo de hoje foi o rei de ontem”.
Não existe nenhum mal em ser rico. O mal está em como e onde nós usamos nosso
dinheiro. Isto certamente será registrado em nosso carma, presente ou futuro,
nesta ou em outras vidas. Usemos corretamente todos os presentes que a vida nos
dá, mas jamais nos esqueçamos de que tudo que não é Espírito é palha, destinada
a desaparecer após algum período de tempo, mais curto ou mais longo. Somente a
síntese do bem, do bom e do útil para o Todo é guardado nos três átomos
permanentes (um para cada corpo do ego: o corpo físico, o corpo
astral-emocional e o corpo mental – ver artigo: Sobre o Carma), para sempre,
tornando-se parte da Alma imortal.”
“Não existe perfeição no Universo, assim como não existe perfeição no nosso humilde mundinho terrestre... ou na natureza... ou na sua criação máxima – o homem. Isto acontece porque estamos em pleno Manvântara, um período de manifestação cósmico do ABSOLUTO TODO (DEUS para a maioria das pessoas). De acordo com os Vedas e outras sagradas escrituras hindus (tão mal compreendidas pelo ocidente), este período de muitos bilhões de anos é seguido por um Pralaya, um período de descanso cósmico com a mesma duração, numa sequência infinita de manifestações e descansos. Sendo assim, não se exige perfeição do homem, o qual está um pouco à frente da metade do seu caminho evolutivo, em direção ao seu arquétipo na Mente Divina. Mas sim, é exigido de cada homem, que aceite e procure viver cada encarnação de acordo com o seu Carma, fruto das suas vidas passadas e cumpra o seu Dharma (o objetivo da Alma para cada nova encarnação). O homem que não age de acordo com o seu Dharma, pode, às vezes, conseguir efêmeras alegrias do ego, mas jamais conseguirá paz duradoura e a felicidade da Alma. Certamente, o humilde homem do campo que aceita o seu Carma e cumpre com diligência o seu Dharma é mais feliz do que o doutor da cidade, que não age de acordo com os ditames da sua Alma. Ninguém fica impune ao ignorar a voz da sua própria consciência.”
“Há aqueles, muitos, que nascem para seguir; aqueles, poucos, que nascem para guiar e aqueles cegos, que insistem em guiar, mesmo com uma trave nos olhos, arriscando a cair no abismo e levando junto o seu pupilo.”
“Um dos efeitos mais tristes do tremendo materialismo da humanidade atual é a hipervalorizarão da ação física em relação às ações emocionais, mentais e, principalmente, espirituais. Não nos esqueçamos de que para a Gnose os três corpos do ego (físico, emocional e mental), são considerados corpos materiais. É uma realidade que pessoas idosas, principalmente aqueles acima dos setenta anos, não estão mais tão aptos a realizarem ações físicas, como faziam no passado. Acontece que estes mesmos idosos continuam possuindo corpos astral, mental e espiritual, intocados pela passagem e pelo desgaste do tempo, pelo contrário, certamente a grande maioria deles possuem estes corpos de matérias sutilizadas mais potentes e são mais sábios do que os jovens, devido a uma maior experiência de vida. É muito fácil hoje em dia adquirir conhecimento, mas à sabedoria é fundamental o amadurecimento pelo tempo. A sociedade atual precisa tratar melhor e com mais respeito os seus “velhinhos”, como gostam de rotular a terceira idade. No passado, os patriarcas e as matriarcas eram valorizados e tinham um papel mais preponderante na sociedade. Eu, como um idoso de sessenta e cinco anos, conclamo a todos meus pares, que partilham comigo esta importantíssima etapa da vida, a não se sentirem abandonados, inúteis e tristes. Não estamos na época de carregar pesos ou de trabalhos pesados, mas de escrever um livro, de declamar uma poesia, de contar uma bela história e passar adiante nossa experiência de vida. Sagrado é o dom da palavra: Às vezes usada com ternura, às vezes com certa dureza, mas sempre suavizada por um coração amoroso, forjado por inevitáveis sofrimentos. Nenhum ser humano pode escapar deste, que é um dos principais professores da vida – o sofrimento. Se, porventura, na última etapa da nossa jornada, a vida não nos tenha agraciado com o dom da palavra, oral ou escrita, sempre nos restará a oração, que não precisa de belas palavras para chegar aos atentos ouvidos do Pai. Como dito por um Irmão Maior: “Poucas coisas têm tanta força no mundo, quanto a prece de um coração sincero”.
Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.
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