SOBRE OS TEMPOS ATUAIS (Primeiras décadas do 3º Milênio)

 

Realmente estamos vivendo tempos muito difíceis. Toda a Humanidade sofre e cada um dos seus membros está sujeito ao sofrimento de acordo com o seu grau evolutivo, no seu corpo material, no seu corpo psíquico, no seu corpo causal (o corpo da Alma) ou até mesmo em mais de um deles ao mesmo tempo. Mesmo aqueles que individualmente não têm culpa direta no caos atual, sofrem participando dos pesados Carmas coletivos da Humanidade e do Planeta.

Estamos vivendo ao mesmo tempo o crepúsculo da Era de Peixes e a aurora da Nova Era de Aquário. O que mais me impressiona nas auroras e crepúsculos não é o magnífico espetáculo visual, mas a bela e valiosa lição que o nosso Astro Rei nos dá, da beleza do nascer e do morrer. Duas vezes por dia, da forma mais linda possível, somos lembrados que mortes e nascimentos são apenas breves modificações de um dia na eterna aventura da Vida.

Todas as formas devem nascer, crescer, chegar ao seu apogeu e morrer, abrindo assim espaço para uma nova forma mais propícia, mais adequada às necessidades de uma realidade sempre mutante. Tudo está em constante evolução no Universo! É a Consciência, sempre em crescimento, que exige formas cada vez mais elaboradas para a Divina Experiência da Vida nos mundos materiais: tudo é vivo no Cosmo e tudo possui uma consciência proporcional ao seu grau evolutivo, da minúscula consciência do átomo até à gigantesca consciência do Sol.

O atual caos que estamos vivendo chacoalha violentamente a Humanidade, para a esquerda e para direita, e muito poucos conseguem se manter no centro, no sagrado Caminho do Meio, tão propalado pelo Bhuda e os Seus Discípulos. Infelizmente, para a desgraça de toda a Humanidade, muitos homens, até aqueles que eram considerados inteligentes e equilibrados, estão se tornando fanáticos – da direita ou da esquerda – abrindo assim a porta, para que as atentas forças do mal possam semear o ódio e a intolerância. É sempre uma grande perda para toda a Humanidade, quando um membro da sua Intelligentsia, extrapolando o bom senso, torna-se cego para os acertos dos “inimigos” – que ele mesmo criou – ou ainda pior, cego para os erros e defeitos do grupo que livremente escolheu, quando, na verdade, não era preciso este tipo de escolha. Mas, a Vida sempre tira o bem do mal e uma boa consequência de todo este sofrimento é que o Mal, latente e escondido dentro ou fora de cada um, está “levantando a sua cabeça”, o que possibilita que ela seja vista e decepada pelo Bem, também inerente em cada um. Apesar de tanta insanidade momentânea, a Humanidade vencerá (quanto tempo desperdiçado, meu Deus!), pois ela é boa e sã em sua essência. Além disso, Ajudas sempre estão disponíveis: “A Hierarquia permanece”, como nos garante o Mestre Djawall Khull – O Mensageiro da Hierarquia.

Força e coragem, meus irmãos! Atualmente o homem vive em uma floresta em chamas. Mas, o que para ele é um incêndio devastador, para Aqueles que vivem fora do tempo e verdadeiramente sabem, é apenas mais um fogo purificador. O importante não é a forma ilusória e passageira, mas a Consciência que a habita por um pequeno período. O homem, esta mistura de ego e Alma, precisa aprender a se desidentificar do ego, que vive apenas nos mundos materiais e passar a se identificar com a Alma que, apesar de experimentar os mundos materiais, pertence aos mundos Espirituais.

Fé e esperança, meus irmãos! Embora as forças involutivas sejam sempre mais ativas nos estertores finais de cada Era, é também em cada final de Era, que as Forças Evolutivas (A Hierarquia Espiritual da Terra) estão mais presentes. Até o dia “Sê Conosco” das escrituras ocidentais, o final de um Manvântara (um período de manifestação Logóica) das escrituras orientais, o equilíbrio universal entre o Bem e o Mal deve ser mantido (Satã est Deus Inversus). Como pode a Luz brilhar sem a escuridão? Verdadeiramente, “Tudo vale a pena, quando a Alma não é pequena” – Fernando Pessoa.

 

Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.