Pesquisar artigos neste blog

Translate

Postagem em destaque

SOBRE A FELICIDADE

Tu que buscas com tanto afinco a felicidade, escuta o que eu tenho a te dizer. Este pássaro que voa tão alto, e que as vezes pousa no teu ...

sábado, 14 de setembro de 2019

SOBRE A PAZ E A TRANQUILIDADE



As pessoas confundem os momentos de tranquilidade com a paz. Paz não é a ausência de guerras ou de tumultos inevitáveis na agitada vida moderna. Paz é um sentimento que vem de dentro para fora, não de fora para dentro. A verdadeira paz não é um sentimento abstrato, como pensa a maioria, mas uma energia muito real enviada pela alma ao seu veículo temporário – o ego. Aquele que possui esta abençoada energia consegue viver bem com o mundo ao seu redor, esteja ele em harmonia ou em caos, pois sabe distinguir bem entre as ilusões passageiras da vida do ego e a realidade absoluta da vida da alma. Ele aprendeu a viver como o Observador, que de fora observa os acontecimentos, sem com eles se identificar. Eis aí a maior fonte de sofrimento da humanidade: A identificação do homem com o ego passageiro, e não com a alma imortal.

No que difere a vida de um iniciado que, por obrigações cármicas, vive ainda a vida comum do mundo além da sua vida espiritual interna? Apesar do iniciado viver na selva junto aos seus irmãos, alegrando-se e sofrendo com os acontecimentos da vida, a sua consciência não se encontra presa a este ambiente sufocante e perigoso. A sua consciência permanece calma e impassível sobre o cume da montanha cercada pela floresta, respirando o ar puro das alturas, daqueles seres que não se identificam com a selva, mas sim com o céu infinito que paira sobre todos eles .

O homem vive de três formas diferentes na longa jornada de vidas, antes de conseguir a sua liberação do mundo e voltar à “Casa do Pai”. Na primeira e mais longa série de vidas, ele vive apenas como um indivíduo, o qual se identifica apenas como um ego. Na segunda, ele enxerga-se não como um indivíduo, mas como uma dualidade, ora identificando-se como ego e ora identificando-se como alma. E, finalmente, na terceira e última, ele volta a viver como indivíduo, pois agora ele se identifica apenas como alma. Raros são os momentos de paz, quando o homem se encontra no primeiro caso, pois vive sempre entre os fogos do prazer e do sofrimento, identificando-se com todas as circunstâncias que a vida lhe traz. No segundo caso, o homem consegue momentos de paz, quando a sua alma já conseguiu certa ascendência sobre o ego, mas, apenas, para depois voltar ao seu “egoísmo” nos tumultos da vida - para o seu desespero - quando a paz volta a parecer distante. No terceiro caso, ele volta a ser um indivíduo e a paz torna-se sempre presente, pois ele passa a viver apenas como alma, que sabe discernir entre a ilusão e a realidade.

Ah, meu irmão! Até quando escolherá viver em mar tempestuoso, em meio às violentas ondas de emoções conflitantes; ora feliz sobre as cristas; ora infeliz sob as depressões? O importante não é a felicidade do ego, mas sim a alegria da alma! Quando aprenderá que não existe noite ou dia para aquele que vive sempre sob a luz da própria alma? Luz e trevas não existem para aquele que despertou o terceiro olho da alma entre os dois olhos do ego!

Tranquilidade é apenas um breve momento entre uma onda e outra no mar tempestuoso da vida. Paz é a certeza de que o mar é apenas uma ilusão passageira... Um breve momento na vida do Espírito.


Sorria! – O Sorriso iguala as pessoas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário